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quarta-feira, agosto 24, 2016

ECT ameaça hora-extra dos ecetistas com a proposta de banco de horas



Fazendo graça para o Comando de Negociação, mais precisamente, piada ao invés de negociação, a ECT apresentou, durante a reunião da Campanha Salarial 2016/17, uma das propostas mais absurdas para o Acordo Coletivo de Trabalho, até agora: a instituição do banco de horas para os trabalhadores (as) dos Correios. Além disso, outros ataques, como a recusa de tudo que foi proposto pela FENTECT, inclusive a prorrogação da liença-paternidade e a concessão de auxílio-creche aos filhos de todos os empregados (as), bem como a redução de direitos sobre multa de trânsito, registro de ponto, indenização por morte e direitos sindicais.

A ECT relacionou o banco de horas ao ponto eletrônico. Em contrapartida, para o comando, trata-se da tentativa de substituição das horas-extras dos ecetistas, atualmente regulamentada no ACT. Os representantes dos trabalhadores (as) acreditam no anseio dos gestores de extinguir um direito. O banco de horas será estabelecido como 1x1, logo, o dia de repouso semanal remunerado, por exemplo, não será pago de maneira dobrada, conforme o acordo.
A representação dos empregados (as) dos Correios ainda lembrou que, para muitos, as horas-extras servem também de incentivo e agregam ao salário no final do mês. O comando acredita que a medida regressiva da ECT é mais uma ferramenta para bater no trabalhador (a) e serve apenas como mais munição para uma greve geral da categoria.
Com a manutenção de várias cláusulas, sem apresentar inovações ou benefícios aos ecetistas, a ECT segue barrando a negociação. Enquanto isso, o comando busca a continuidade do processo e insiste que a aprovação do ACT vise não somente a manutenção dos empregos e da qualidade de vida nas bases, mas dos mais de 100 mil funcionários.
"Converse com o presidente Guilherme Campos e coloque nosso posicionamento. Se ele não quiser negociar, nós já sabemos o que fazer. Não queremos partir para a greve imediatamente, mas alguns gestores insistem em não colaborar", sugeriu o secretário-geral da FENTECT e membro do Comando de Negociação, José Rivaldo da Silva.

Saúde, qualidade de vida e trabalho para a mulher ecetistas são focos em reunião


"Exames periódicos não compõem a grade porque não são inerentes aos riscos ocupacionais/funções dos ecetistas." Uma das primeiras afirmações para a reunião desta terça-feira (23) sobre as questões das mulheres. De antemão, o Comando de Negociação da FENTECT deixou clara a contrariedade a não liberação da empresa da Comissão de Mulheres, justamente as mais interessadas no debate.
"Somos prejudicadas desde a entrada na empresa por concurso público, com testes físicos extenuantes, que comprometem a contratação do sexo feminino nos Correios, o resultado é visto na mesa de negociação. A ECT precisa ver a mulher como profissional e não apenas uma barriga", ressaltou a diretora da FENTECT, Amanda Corsino. Por isso, a secretária de Imprensa Suzy Cristiny da Costa solicitou à representação da empresa dados totais de mulheres em cargos na ECT e quantas exatamente recebem benefícios e auxílios. "O impacto das reivindicações das trabalhadoras é mínimo, logo, o custo dos Correios com as mulheres baixo", lembrou.
Para o comando, ações que deixam de lado a situação das empregadas precisam ser revistas. "Práticas de combate ao sexismo não atingem a área operacional e, quando realizadas, são apenas na área administrativa", destacou Márcia Portes, diretora da FENTECT.
Ainda durante as alegações, o departamento de saúde da empresa destacou, sobre os periódicos, que para serem realizados o médico do trabalho dos Correios deverár solicitar. "A empresa está trabalhando com prioridades", disseram. Também sobre os uniformes, os incontáveis testes parecem estar em andamento nos CDDs. Conforme o departamento, foram enviados novos uniformes para avaliação de um pequeno grupo. Segundo eles, uma consultoria técnica vai determinar o design, tecido e outras especificidades. Mas o problema todo para colocar em prática está no orçamento.
Para o Comando é necessário sair do padrão, por isso, não há concordância com a empresa em manter as cláusulas do antigo acordo. Os médicos não realizam avaliações físicas nos empregados da empresa e esse periódico que afirmam ainda não garante a prevenção da saúde dos trabalhadores (as) dos Correios, bem como não há qualidade técnica muito menos estilos nos uniformes dos ecetistas.
Foi enfatizado pela secretária de Mulheres da FENTECT, Lucila Pereira Correia, a necessidade do reconhecimento da licença-maternidade para o cuidado com as crianças e também da inclusão obrigatória de exames que identifiquem, previamente, diversas doenças que afetam as companheiras, nos exames períódicos. "Os médicos não fazem avaliação física do trabalhador. Esse periódico, então, não garante a prevenção da saúde. Qual parâmetro o médico do trabalho utiliza para dizer se são necessários ou não exames mais apurados", questionou.
Além dessas, outras críticas e denúncias foram realizadas, como em relação aos auxílios reembolso creche e babá cortados ao ser solicitada a extensão do benefício licença-maternidade. O reembolso, embora parte do debate das questões econômica, não deixou de ser citado. "É necessário o reajuste dos valores e a ampliação para os dependentes dos homens também e, principalmente, desburocratizar o acesso ao benefício", denunciou Maria da Penha, representante do Estado do Espírito Santo.


Nas ruas, agências sucateadas. Na Vila Olímpica, o sonho de todo cliente

Em meio à ameaça de fechar 2 mil postos de atendimento, demitir ou não pagar os funcionários (as), a ECT investe em locais temporários, mas a nível de medalha de ouro
Já é de conhecimento público que os Correios são patrocinadores e operadores logísticos oficiais dos Jogos Olímpicos Rio 2016. E, incoerente à gestão do dia a dia, a empresa abriu três agências temporárias para atender a demanda postal dos participantes dos jogos. Segundo o vice-presidente de Logística dos Correios, José Furian Filho, a agilidade, a segurança e a estrutura são alguns dos diferenciais das agências temporárias, também o oposto à realidade das agências espalhadas pelo Brasil.
Falta de segurança, péssimas condições de trabalho, possibilidade de fechamento de mais de 2 mil postos de atendimento às comunidades, ameaça de corte de pagamento dos empregados (as), esses, sim, são os diferenciais que os (as) trabalhadores (as) encaram todos os dias. A única empresa a alcançar mais de cinco mil municípios brasileiros com serviços postais e bancários parece mais preocupada em manter o currículo de patrocinadora a atender os próprios trabalhadores (as) e clientes, que a mantêm de pé.
Somente em um estado brasileiro, no Ceará, as reclamações no Procon - órgão de defesa do consumidor - aumentaram 566% entre o primeiro semestre de 2015 ao primeiro deste ano. A multa por descumprimento, caso a ECT não regularize as entregas em até 20 dias, conforme decisão do órgão de fiscalização, a partir deste mês, pode chegar a R$ 11 milhões. Enquanto isso, os Correios investem os mais de R$ 300 milhões em patrocínios, apenas com os eventos esportivos.
Segundo informações da própria ETC, em uma semana foi vendido nas agências olímpicas mais do que o esperado, algo em torno de R$ 50 mil de receita. Enquanto isso, a empresa alega déficit bilionário na hora de pagar os ecetistas. A ameaça permanece e o próprio presidente dos Correios, Guilherme Campos, falou em reajuste zero para o Acordo Coletivo 2016/17.
Em época de Campanha Salarial, os (as) trabalhadores (as) vão lutar por um aumento justo e honesto, já que são os verdadeiros atletas da empresa e trabalham de sol a sol para manter o patrimônio brasileiro com serviços de qualidade e respeito a todos. Além disso, os empregados (as) dos Correios vão resistir por condições melhores de trabalho e uma empresa 100% pública e de qualidade, na contramão das privatizações incentivas pelo governo federal.

Comissão de Direitos Humanos debate a privatização nos Correios

Ao vivo, a Comissão de Direitos Humanos debate, nesta segunda-feira (22) o projeto de terceirização e precarização dos Correios, sob a ótica dos direitos humanos. O secretário-geral da FENTECT, José Rivaldo da Silva, e o secretário de Políticas Sindicais da federação, Robson Gomes Silva, foram convidados para a discussão com deputados, no Auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), solicitado pelo deputado Rogério Correia (PT). O início da reunião estava marcado para às 16 horas, a pedido do deputado Rogério Correia (PT).
Durante a audiência, os participantes vão discutir ainda sobre a precarização da empresa, com o fechamento de agências, por exemplo. De acordo com o parlamentar que solicitou a audiência, os Correios estão passando por uma fase de desmonte e o momento é preocupante para a empresa.
"Não há funcionários, as agências convencionais do interior estão sendo fechadas, a qualidade do serviço caiu drasticamente e muitas agências estão sendo franqueadas por meio de concessão sem a realização de concurso público. Tudo isso para tentar justificar a privatização", denunciou. Segundo Rogério Correia, a reunião é necessária para buscar soluções e sensibilizar a todos sobre a política de concessões na ECT.

segunda-feira, agosto 22, 2016

Negociações seguem no segundo dia com debate das cláusulas sociais

Em continuidade as negociações da Campanha Salarial 2016/17, o Comando de Negociação se reuniu com representantes da ECT no período da tarde desta quinta-feira (18) para debater as cláusulas Das Questões Sociais: Anistia, Aposentados, Assédio Sexual e Moral, Promoção da Equidade Racial e Enfrentamento ao Racismo, Garantias ao Empregado Estudante, Licença-Adoção/Guarda Judicial, Programa Casa Própria.
O comando insistiu na questão da paridade do Grupo de Trabalho para casos de anistia na empresa e ressaltou que existe uma fragilidade da ECT em não querer ser imparcial nas avaliações. Além disso, solicitou a reintegração imediata dos anistiados Aragão (MT), Pedro Paulo (MG), Henrique (SP) e Afonso Rufino (AM), que sofreram a suspensão de contrato em pleno exercício como dirigentes sindicais. Outra demanda foi pela inclusão de novo parágrafo no acordo solicitando cópia dos processos à FENTECT.
Aos aposentados, o Comando de Negociação pede a garantia da participação do idoso em atividades pela valorização da diversidade humana e respeito às diferenças. E quanto aos que estão na ativa, ao empregado adotante, que sejam concedidos 30 dias úteis de licença-adoção, a título de licença-paternidade.
Quem ainda estuda não ficou fora das reivindicações. Ao empregado estudante, o comando quer que a empresa garanta transferência tanto em caso de aprovação em universidade pública quanto privada, bem como cursos técnicos. Quanto aos estágios, que haja uma cláusula pela liberação desses ecetistas, quando necessário, ainda com a possibilidade de alteração do horário de trabalho para não prejudicar os estudos.
Quanto à possibilidade da casa própria, a ECT alega não ter obtido sucesso com o comitê que tratou da gestão junto aos órgãos públicos para viabilizar moradia aos trabalhadores (as). Segundo a representação da empresa, as instituições públicas não realizam mais convênios, com taxas atraentes ou desconto em folha, por exemplo. Por isso, sugeriram a exclusão do final do caput Programa Casa Própria.
No entanto, o comando solicitou as atas das reuniões com as entidades bancárias e não aceitou a total exclusão, optando pela alteração do texto, de uma maneira que permita a flexibilização da forma de financiamento, tendo em vista que a atual realidade financeira poderá sofrer alterações futuramente. Pediu, ainda, que o dirigente de entidade habitacional seja liberado por um período, a partir do registro da cooperativa, sem limite de tempo, para atuar enquanto o projeto de habitação estiver sendo executado.

Recorrentes na ECT, Comando de Negociação denuncia assédio e preconceito contra os trabalhadores (as)

Assédio moral e sexual, questões raciais, sobre a homofobia e o sexismo foram debatidas nesta manhã do segundo dia de reunião da Campanha Salarial 2016/17. Conforme o calendário estabelecido nessa quarta-feira (17) entre o Comando de Negociação e a ECT, hoje, serão debatidas as cláusulas Das Questões Sociais.
Mais uma longa apresentação da empresa abriu as atividades do dia, tentando demonstrar para a representação dos trabalhadores resultados de programas já implantados nos Correios com políticas de prevenção. Os gestores da ECT tentaram comprovar que está sendo cumprido o que foi determinado no último Acordo Coletivo de Trabalho.
Entre as sugestões que geraram mais discussões no início desta quinta-feira - a respeito do grupo paritário para investigar e realizar processos administrativos contra assediadores, composto por sete representantes da ECT e sete da FENTECT - está a demanda do Comando de Negociação para que cada sindicato também tenha a participação garantida nesse grupo, pela representatividade a nível local dos trabalhadores (as).
Para comprovar essa necessidade, os participantes da mesa realizaram denúncias à empresa, como no Rio e Janeiro, onde após realizar a denúncia, o trabalhador recebeu dois processos administrativos, sendo um deles justamente no Dia de Combate ao Assédio Moral. Além disso, o ecetista teve acompanhamento negado. Ou como a denúncia do Estado de Pernambuco, onde três trabalhadoras colheram provas que sumiram com o processo. O caso foi assumido formalmente pela ECT. Ainda, em Goiás, um trabalhador está afastado por ter sido coagido em um ciclo de assédio, correndo risco de chegar ao extremo de pedir demissão.
Em resposta, a representante da ECT alegou que é preciso ter certeza se o sindicalista estará disposto a realizar o papel de apurador. Responsabilidade essa de realizar e assinar um processo administrativo, pois há, também, inúmeros casos de assédios entre colegas na própria base, segundo ela.
Ainda sobre o canal de denúncia que há nos Correios, a representação dos trabalhadores ressaltou as falhas e como os ecetistas estão desacreditados e desencorajados a falar sobre os assédios sofridos na empresa. No entanto, para a ECT, não é possível banalizar e inviabilizar o canal instituído no final do ano de 2015, pois ainda não há, de acordo com os gestores, uma análise do mesmo, que sofre alterações diariamente por conta da dinâmica do tema.
Para o Comando de Negociação, não há efetividade nas cláusulas, sem plano de continuidade dos projetos. Os representantes também denunciaram a institucionalização do assédio e das práticas preconceituosas nos Correios. Conforme o comando, a empresa distorce a realidade das denúncias, sem dar apoio eficaz ao trabalhador (a).
A reunião terá continuidade no período da tarde desta quinta-feira, com o debate da mesma cláusula.

quinta-feira, agosto 18, 2016

Comando de Negociação e ECT fecham calendário para reuniões da campanha salarial


Nesta quarta-feira (17), conforme acordado entre o Comando de Negociação da FENTECT e a ECT, na última semana, foi realizada a primeira reunião da Campanha Salarial 2016/17, na Universidade dos Correios, em Brasília. Compareceram 28 representantes dos trabalhadores (as), pela FENTECT, de várias partes do País. Também estava presente o novo presidente dos Correios, Guilherme Campos, na abertura do encontro.
Em acordo entre as partes, o calendário das próximas reuniões, para debater as cláusulas para o Acordo Coletivo de Trabalho 2016/17, seguirá a seguinte ordem:
18/08 - Das Questões Sociais
23/08 - Das Disposições Gerais
24/08 - Das Relações Sindicais
25/08 - Da Saúde do (a) Trabalhador (a)
30/08 - Das Condições de Trabalho
31/08 - Dos Benefícios
01/09 - Das Questões Econômicas 
08 e 09/09 - Pendências

Neste primeiro encontro, ficou determinado que a mesa de negociação será formada por todos os integrantes do Comando de Negociação, conforme os anos anteriores. A representação dos trabalhadores (as) solicitou dados sobre contratação direta, venda e locação de imóveis sem licitação, despesas com plano de saúde, custos de despesas com pessoal detalhados ao máximo e despesas detalhadas do desempenho econômico financeiro. Ainda, a quantidade de pessoas fora do quadro da empresa na Postal Saúde e CorreiosPar, entre outras informações pertinentes para transparência com a categoria.
O comando solicitou também que a ECT cumpra com as cláusulas e o Acordo vigente. A representação salientou que debaterá o que já é direito dos trabalhadores, seja por lei ou acordado entre as partes.
O presidente dos Correios demonstrou preocupação com as paralisações durante a campanha salarial e fez o compromisso de participar de alguns momentos da mesa. Além disso, pediu aos trabalhadores (as) atenção ao déficit de R$ 2,1 bilhões, que pode chegar à cifra de R$ 3,9 bilhões, caso a ECT precise arcar com a RTSA e afirmou que o maior custo da empresa é com as despesas de pessoal e o Postal Saúde é a maior sangria com custo de R$ 1,6 bilhão em 2015.
Segundo a ECT, em 2014 a empresa começou a apresentar prejuízo. Este ano, de acordo com as contas dos Correios, os gastos com despesa de pessoal marcaram 64%. O Comando de Negociação solicitou dados ainda mais precisos para os debates das próximas semanas.
Não à Privatização
O presidente dos Correios disse aos representantes dos trabalhadores (as) que o presidente interino do Brasil, Michel Temer, descartou a possibilidade de privatização da empresa. Afirmação contestada pelos presentes, que pediram a formalização do posicionamento do governo federal, tendo em vista que não há nenhuma nota oficial ou lançada pela mídia sobre o assunto e garantiram, também, que as negociações continuarão sendo pautadas na luta pela não privatização dos Correios e pela empresa 100% estatal.

As reuniões continuam nesta quinta-feira (18), a partir das 9h30, na Universidade dos Correios, em Brasília.

Presidente interino do Brasil promove retrocesso e a FENTECT diz não aos abusos


Os projetos que tramitam no Congresso Nacional não têm como objetivo a modernização, economia ou proteção do país, mas, sim, a venda dos direitos adquiridos na CLT
O governo interino do presidente Michel Temer mal ganhou espaço e foi abrindo caminhos para retrocessos nos setores trabalhistas de todo o País, tanto público quanto privado. A privatização dos Correios e de outras empresas públicas e estatais está entre esses retrocessos. O próprio presidente dos Correios, Guilherme Campos, alegou que essa decisão parte do chefe do Poder Executivo no Brasil.
Todos os trabalhadores (as) brasileiros (as) devem estar alertas, pois, no dia 12 de agosto, foi concluído estudo básico da ampla reforma trabalhista, que torna flexíveis direitos como o 13º salário, que poderá ser parcelado e negociado com o empregador; os salários, com o fim da política do aumento real; promove a ampliação da jornada de trabalho para 80 horas semanais e a negociação do adicional noturno, da licença paternidade, do salário mínimo e até mesmo das férias e o descanso remunerado de cada um, além de mexer com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre 34 direitos previstos no artigo 7º da Constituição Federal.
Correios privatizado, povo prejudicado
O plano de desestatização de Michel Temer será lançado no dia 25, quando coincidentemente será o julgamento final da presidenta Dilma Rousseff. O Correios está na mira da privatização do presidente interino, com a concessão e parcerias em todas as áreas de logística e infraestrutura.

Perdem os brasileiros, principalmente das regiões mais longínquas, sem acesso a serviços postais e bancários a não ser pela ECT, pois o processo prevê o fechamento de mais de 2 mil agências, em desassistência às comunidades do país. Perde-se o direito constitucional à comunicação eficaz e ágil garantida pelo patrimônio de mais de 300 anos.
Retrocessos adiantados
Conheça o pacote em curso no Congresso Nacional que arranca todas as maiores conquistas trabalhistas sociais da classe trabalhadora, na lista de projetos em tramitação está entre outros o PLC 30 (Senado – na Câmara era conhecido por PL 4330), que tem como objetivo contratações de terceirizados até mesmo para as chamadas atividades-fim (a principal na empresa ou órgão). Outro que precisa de atenção é o PL 427 (Câmara), que prevê a o fim dos sindicatos e impossibilita as greves, por exemplo. O PL 6411, na Câmara, também ameaça as convenções e os acordos coletivos, que são essenciais para garantir direitos e obrigações nas relações de emprego.

Unidos, os trabalhadores (as) podem barrar os ataques daqueles que querem retirar os direitos adquiridos com muita luta, e tentam a todo custo mascarar a entrega do Brasil nas mãos dos grandes empresários. O que se prega pelo atual governo interino não é desenvolvimento, é retrocesso.
Chega de ataques
Esses são apenas alguns dos atentados à classe de trabalhadores (as) em todo o Brasil. A alternativa para barrar os retrocessos é a união e a mobilização dos empregados de empresas públicas e estatais, em uma apresentação de força e resistência. Trata-se de uma luta a favor das famílias que dependem dos empregos, salários e benefícios conquistados por anos e por lutas.


SEMANA DE REFLEXÃO SOBRE A VIOLENCIA NO TRABALHO
Respeitando a clausula 03 de nosso ACT, “a ect prosseguirá no desenvolvimento de programas educativos, visando coibir o Assédio Sexual e o Assédio Moral”. A DR Pará lançou a Semana De Reflexão Sobre A Violência No Trabalho, com um grupo de trabalho formado pelo setor de educação da GEREC, da ASGET e do GJUR e com a participação do sindicato.
 O objetivo principal desta semana é de promover o debate sobre essas situações com a sensibilização dos funcionários sobre a importância da paz no ambiente de trabalho, bem como promover a valorização e o respeito às diversidades e aos trabalhadores no local de trabalho. Com palestras nos locais nas unidades levando até o trabalhador o conhecimento sobre seus direitos bem como esclarecendo as duvidas sobre o tema.
O sindicato entende que é de suma importância a empresa reconhecer seu papel, que é fundamental, no combate a praticas de assédios moral e sexual dentro das unidades e reconhecemos a iniciativa que está sendo desenvolvida pelo grupo de trabalho como inovador e altamente necessário e que as denúncias precisam ser apuradas de forma séria e com o compromisso de resposta, para que efetivamente todos que se sintam assediados possam ter a confiança de fazer a denuncia e ver a realidade de terror que esta vivendo ser alterada para um clima confortável e que proporcione a qualidade de vida e de trabalho para todos os empregados.
 O sindicato continua a disposição de todos os Funcionários de nossa DR para junto aos trabalhadores lutar contra essas práticas escusas de algumas chefias e que qualquer trabalhador seja da área operacional, de atendimento ou administrativo possa ter a segurança de procurar a entidade sindical para que possamos estar dando o suporte necessário para buscar a apuração e a solução com o fim da pratica de assédio moral e/ou sexual.
Alguns dos objetivos do assédio:

 Desestabilizar emocional e profissionalmente o indivíduo;
 Pressioná-lo a pedir demissão;
 Provocar sua remoção para outro local de trabalho;
 Fazer com que se sujeite passivamente a determinadas condições de humilhação e constrangimento, a más condições de trabalho etc.
Faça sua parte, acesse o link no final da matéria e vote.


Nós abaixo assinados vimos denunciar e repudiar os ataques que visam destruir os Correios, hoje, empresa pública, e causar prejuízos à população. 
Os Correios, grande empresa com o histórico de mais de 350 anos, tem exercido o seu papel social, pelo qual está presente em 5.565 municípios brasileiros. As vantagens como estatal são várias, como redução de custos aos clientes, regularidade de entrega, cobertura nacional e segurança na distribuição de correspondências.    
O projeto deste governo interino de privatizar os Correios coloca em risco este grande patrimônio nacional, que é os Correios.         
Ser uma empresa pública, que não visa apenas o lucro, abrange os cantos mais longínquos do país, e a possível privatização dos Correios significa ausência em centenas de municípios, onde, na maioria, essa é a única instituição a alcançar com a prestação de serviços bancários ou postais. Além de colocar em risco o emprego de milhares de trabalhadores (as) e promover a extinção de concursos públicos.    
Entre os ataques à empresa já foi divulgada uma lista com 2 mil agências a serem fechada, pois esses serviços serão entregues a pequenas agências privadas, chamadas franqueadas.             
Os Correios falam em "modernização", com o intuito de ludibriar a população sobre a verdadeira face privatista deste projeto, mas na verdade há um verdadeiro desmonte do patrimônio nacional.    
A falta de condições de trabalho, segurança e, ainda, o insuficiente número de empregados (as) para arcar com as atividades, faz com que a população acredite em uma má vontade por parte dos trabalhadores (as) pela inoperância dos Correios. Para tumultuar, de maneira irresponsável, o novo presidente da ECT - indicado político – colocou a culpa pela crise nos trabalhadores (as), sendo que a maioria está adoecida pela sobrecarga de trabalho.         
Além do sucateamento promovido nos Correios por envolvimentos apenas de interesses políticos e pela má administração, tem sido alardeada uma crise financeira na empresa, com a qual, inclusive, os trabalhadores (as) e as representações sindicais não concordam. Para a categoria, trata-se de mais uma manobra para entregar a empresa à iniciativa privada e deixar para os clientes o pagamento pela responsabilidade.            
A privatização ataca a qualidade de vida e os direitos garantidos aos próprios empregados (as), como o plano de saúde e o fundo de pensão. Ataca, também, os direitos dos cidadãos brasileiros ao funcionamento com qualidade e ampla cobertura nacional.   
Apoiamos a causa dos trabalhadores de Correios e de toda sociedade brasileira que conta com o serviço da ECT. 
Contra a Privatização;         
Pelos Correios 100% Público e de Qualidade;           
Por Nenhum Direito a Menos;           
Por Melhores Condições de Trabalho e pela Valorização dos Empregados (as);              
Por mais concursos públicos – o último foi em 2001; e 
pela Auditoria nas Contas da Empresa.         
ACESSE O  LINK abaixo e faça sua parte.
  http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR93548

Convidamos todos os brasileiros a lutar com a gente nas mobilizações! Correio privatizado, povo prejudicado! 
Entidades sindicais: FENTECT – SINCORT/PA SINTECT/MG; SINTECT/DF; SINTECT/GO; SINTECT/SC; SINTECT/RS; SINTECT/PE; SINCOTEL/BA; SINTCOM/PR; SINTECT/SMA; SINTECT/ES; SINTECT/JFA; SINTECT/URA; SINTECT/SJO; SINTECT/RPO; SINTECT/CAS; SINTECT/STS; SINTECT/VP; SINTECT/MT; SINTECT/MS; SINTECT/AM;; SINTECT/ACR; SINTECT/PI; SINTECT/AP; SINTECT/MA; SINTECT/RO; SINTECT/RR; SINTECT/RN; SINTECT/PB; SINTECT/AL, SINTECT/CE e SINTECT/SE. 
CAMPANHA SALARIAL 2016
A luta começou: entrega de Pauta Nacional de Reivindicações dá largada à Campanha Salarial 2016

Conforme programado no Calendário de Lutas, foi entregue ao presidente dos Correios, Guilherme Campos, nesta terça-feira (26), a Pauta Nacional de Reivindicações aprovada no 33º CONREP da FENTECT para o ACT 2016/2017, com alterações nas assembleias realizadas em todo o País. Assuntos como déficit econômico, sobrecarga de trabalho, condições precárias, privatização, concurso público, Postal Saúde, Postalis, entre outros, foram tratados na ocasião, na sede dos Correios em Brasília.

O secretário-geral da FENTECT, José Rivaldo abriu as discussões destacando que não se deve culpabilizar os (as) ecetistas pela crise na empresa. “A gente não tem culpa da ECT estar nessa situação. Os trabalhadores têm lutado o tempo todo por ela (a empresa)”, destacou. Ele também deixou claro que, apesar das diferenças, a campanha unificou os sindicatos pelo Brasil, em prol da não privatização.

Para os representantes da categoria está claro que a empresa não quer honrar com os compromissos com os trabalhadores e insistem no sucateamento, como, por exemplo, com a falta de concursos públicos e o número reduzido de ecetistas, enquanto a sobrecarga gera crescimento na produtividade e riquezas dos Correios.


EMPURRA EMPURRA      
O presidente da ECT rebateu as reivindicações tratadas no encontro. Ele declarou que a responsabilidade da possível privatização não é dele, mas sim do presidente interino Michel Temer.

Em relação ao déficit econômico, Guilherme declarou que foram retirados do caixa da empresa R$ 6 bilhões nos anos de 2007 a 2013. Ele ainda alegou que os custos da empresa sobem mais que o faturamento, principalmente o custo de pessoal, como benefícios aos funcionários.

No mês passado, durante entrevista para a rádio CBN, o presidente dos Correios culpabilizou os trabalhadores pela situação da empresa. No encontro com os ecetistas, ele mudou o discurso de que “os Correios fazem mal à saúde”. Por fim, expôs sua preocupação em relação à greve. Segundo ele, a paralisação de 2014 trouxe prejuízos de mais de R$ 200 milhões de reais.


GREVE GERAL      
O presidente da ECT ainda analisou que essa ação dos trabalhadores dos Correios já faz parte do calendário brasileiro. No entanto, a representação sindical rebateu a afirmação: "há greve porque a empresa não atende os trabalhadores nas necessidades".

A FENTECT acredita que a mobilização nasce com as demandas urgentes. Trata-se de uma última solução para o alcance das metas estabelecidas na pauta e o bem-estar de todos. A greve é uma resistência à intransigência da ECT, que não ouve e não dá valor aos ecetistas e acaba submetendo as negociações ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).


Os (as) trabalhadores (as) dos Correios merecem condições dignas de serviços e benefícios. Por isso, a luta só está começando para a garantia dos direitos e de uma empresa 100% pública. A federação convida todos a participar das negociações, acompanhando as conquistas da categoria para todo o País.


NÃO À PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS E SIM AOS DIREITOS FEMININOS

COM clima de luta e a esperança de mudanças positivas para elas. O plano é aumentar a participação a cada ano

O SINCORT/PA esteve representado pelas companheiras Maria de Fátima Lobo (Anistia), Ana Célia (AC Tapajós/Santarém), Nivea Maria (AC coqueiro), Mariluce Dias (CDD Cidade Nova) e Ana Helena Reis Titular da Comissão Nacional De Mulheres.

Um dos temas do 19º Encontro de Mulheres da FENTECT responde à atitude do presidente dos Correios, Guilherme Campos, de culpabilizar os trabalhadores pela situação de crise da empresa. As ecetistas trataram dos malefícios da privatização. Segundo elas, a reestruturação está suspensa, contudo, o impacto já chegou às unidades, com a sobrecarga de trabalho e a redução das despesas de saúde e pessoal.

“Privatizar é tirar o poder que nós temos hoje de todas as esferas social em termos serviço público”, enfatizou a secretária de Imprensa da FENTECT, Suzy Cristiny. Ela ainda tratou das estratégias que vêm sido utilizadas para justificar a privatização, como discursos sobre inoperância dos serviços e déficits econômicos, apoio midiático à iniciativa privada, desmoralização das organizações representativas sindicais, entre outras.

Para Lucila Pereira, Secretaria da Mulher, a solução para alertar a empresa deste equívoco da reestruturação é a greve. “O que nós precisamos fazer é reforçar e ampliar o discurso aos trabalhadores, independente da ideologia, para garantir os nossos direitos”. Ela ainda expôs que a finalidade dos Correios não é garantir o lucro, mas, sim, priorizar o social.


Além de realizar moções de repúdio contra o presidente, as participantes solicitaram a retratação perante a imprensa, pois a declaração desmoralizou não somente os Correios, como também a classe de trabalhadores.
NA CONTRAMÃO DAS DENÚNCIAS, ECT FECHA NOVO PATROCÍNIO
A alegação da empresa é de um déficit econômico bilionário, no entanto os Correios continuam com a política de apoiar financeiramente projetos brasileiros, enquanto ameaçam não pagar salários.

Não é de hoje que os Correios têm justificado ações de contenções de gastos com a premissa de que a empresa está com déficit de mais de R$ 2 bilhões. Contudo, as ações de patrocínio demonstram o contrário. Segundo informação do SINTECT de Alagoas, a ECT está patrocinando em R$ 528.700,00 reais o espetáculo chamado “Djanira – Cronista de ritos, pintora de costumes”. A mostra reúne cerca 120 obras da artista brasileira, Djanira da Mota e Silva. O extrato saiu no Diário Oficial da União (DOU) do dia 27 de julho.

Mas esse não é o primeiro da lista da empresa. O estudo "Déficit, Provisionamento e o Processo de Reestruturação na ECT”, da H&J Consultores Independentes - autorizado pela FENTECT – revela que em anos anteriores, milhões foram gastos em eventos como Rock in Rio, musical do Shrek e Lollapalooza, por exemplo.

Rombo
O estudo ainda questiona o rombo financeiro da ECT. Destaca a crença de que a empresa contava com a reserva técnica de R$ 6 bilhões, em 2012, quando, três anos depois, foi descoberto um número bem inferior, de R$ 1 bilhão.

Uma coisa é fato, não há consenso sobre os problemas financeiros anunciados pela empresa, mas há, sim, despesas excessivas com patrocínio. A reestruturação penaliza apenas os trabalhadores de base, retirando direitos dos empregados e privatizando serviços.

Enquanto isso, os (as) ecetistas sofrem com a sobrecarga de trabalho, agências sucateadas, falta de material e funcionários. Mais uma pauta que agrega à necessidade do chamado à luta contra a privatização e a favor dos Correios 100% público e de qualidade.


CALENDÁRIO DE LUTAS DA CAMPANHA SALARIAL 2016 e CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS, APROVADO NO 33º CONREP


  • *11 Julho = Sistematização da Pauta de Reivindicações.
  • *Até 19-Julho = Envio do Jornal da FENTECT com a pauta aos sindicatos.
  • *18 à 22-Julho = Primeira Semana de Mobilização nas Bases: panfletagens, reuniões nos setores, carros de som, etc...
  • *20 a 22-Julho = ASSEMBLEIAS para referendo da Pauta, escolha do representante para integrar o Comando nacional de Reivindicação e Votação do Estado de Greve.
  • *25-Julho = Instalação do Comando Nacional de Negociações em Brasília-DF.
  • *26-Julho = Entrega da Pauta à ECT, com Ato Publico em frente ao Ed. SEDE.
  • *30 e 31-Julho = Primeiro Final de Semana de Agitação com carros de som nos bairros populares, denunciando a privatização dos Correios.
  • *1º-Agosto = Dia Nacional de Luta em Defesa dos Correios.
  • *04-Agosto = Lançamento de Comitê Permanente Contra a Privatização dos Correios, com participação de bancários, petroleiros e demais categorias em luta. Local: ABI-RJ (a confirmar).
  • *05-Agosto = Ato Público Nacional no Rio de Janeiro, com manifestações nos estados e regiões e caravanas ao RIO. (Definir local: Copacabana; Candelária; Maracanã, Parque Olímpico, etc...)
  • *06 e 07-Agosto = Segundo Final de Semana de Agitação com carros de som nos bairros populares, denunciando a privatização dos Correios. (Repetir em todos os finais de semana).
  • *08-Agosto = Início das negociações com a ECT
  • *08 a 12-Agosto = Semana de Agitação nas bases.
  • *17-Agosto = ASSEMBLEIAS de Planejamento e avaliação das negociações.
  • *06-Setembro = ASSEMBLEIA para avaliação das negociações da Campanha Salarial
  • *07-Setembro = Participação no Grito dos Excluídos, com Carta Aberta a População.
  • *13-Setembro = Data limite para as negociações com a ECT.
  • *08 à 14-Setembro = Agitação nas bases.
  • *14-Setembro = ASSEMBLEIA para deflagração da greve nacional por tempo indeterminado, a partir das 22:00 horas. (PODENDO SER READEQUADA ESTA DATA, de acordo com as negociações com os bancários e petroleiros).

Campanha Salarial Unificada 2016

FENTECT mantém abertura e união aos 36 sindicatos da categoria, para reforçar a luta contra a privatização e os ataques da ECT aos trabalhadores.
Já dizia o ditado: "a união faz a força". E, agora, chegou o momento ideal para que todas as categorias de trabalhadores dos setores público e estatal do Brasil reúnam interesses, demandas e necessidades, para mostrar ao governo interino de Michel Temer que todos estão juntos "por nenhum diereito a menos". O 33º Conselho de Representantes da FENTECT (Conrep) foi o pontapé inicial não apenas para a campanha salarial, mas para o processo que integrará ecetistas, petroleiros e bancários, além das demais classes que tenham a data base marcada para o segundo semestre.
Conforme o Calendário de Lutas da Campanha Salarial 2016, essa segunda-feira (11) foi exclusiva para que os 36 sindicatos de ecetistas realizassem um grande debate, em Brasília. Três pontos principais foram abordados, como a organização de um amplo movimento com toda a categoria contra a privatização da empresa, unificação de todos os sindicatos de Correios com outras categorias, com campanhas salariais para ser discutida a partir do mês de julho, e resposta às declarações do novo presidente dos Correios, Guilherme Campos.
Quanto ao que foi dito pelo presidente, os trabalhadores consideram acusações covardes e levianas, proferidas por um "forasteiro", que desconhece a realidade dos Correios, tendo em vista, inclusive, a indicação política para o cargo. A categoria entende que é preciso denunciar incisivamente a postura de Guilherme Campos, que tem gerado constrangimentos e agressões aos empregados da ECT em diversas partes do país.
Voz à luta   
Para denunciar e reforçar a campanha em conjunto, também serão utilizados os meios públicos, como as mídias sociais, abaixo-assinados em todas as cidades, cartas abertas à população, carros de som nos bairros e a criação de comitês contra a privatização. As representações dos trabalhadores, em consentimento, ainda optaram pela divulgação unificada pelo Brasil e uma greve geral que promete parar o país, no dia 14 de setembro de 2016, a partir das 22 horas. Seguem, no entanto, as discussões sobre o calendário unificado com bancários e petroleiros.
A FENTECT reforça o empenho e a participação com seus representantes nessa luta. A união, tão difundida durante o Conselho de Representantes, está em pauta, conforme ficou claro por vontade de todos os participantes. Em conjunto com outras classes de trabalhadores do país, a FENTECT espera fazer um trabalho eficaz para barrar os ataques da ECT, garantir e assegurar os direitos e os empregos dos ecetistas. Não será uma campanha de fácil negociação, mas o comando já está pronto e em atividade pelos melhores resultados.

Todos os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios podem ficar por dentro das datas do Calendário de Lutas da Campanha Salarial 2016 e acompanhar as notícias nos principais canais da FENTECT. FONTE FENTECT.
DINHEIRO EM CAIXA DOS CORREIOS SOME E EMPRESA RECORRE AOS GRANDES BANCOS

ECT pede R$ 6 bilhões ao Tesouro Nacional e R$ 750 milhões ao Banco do Brasil para honrar com compromissos

O estudo da H&J Consultores Independentes, realizado em parceria com a FENTECT e apresentado pelo consultor Hálisson Tenório – repercutido no âmbito da empresa e da mídia -, já informava: “a ECT, em 2012, contava com a reserva técnica de R$ 6 bilhões. Três anos depois, porém, foi descoberto um número inferior, de apenas R$ 1 bilhão.” Para piorar a situação, de acordo com Hálisson, os dados não constam no balanço da empresa.

Por isso, ele afirma que, para a categoria, é clara a manobra contábil para indicar que os Correios também estão em crise. Agora, com o argumento do déficit, a empresa recorre aos grandes bancos e a empréstimos. O novo presidente da ECT, Guilherme Campos, vai ao Tesouro Nacional buscar justamente esse valor da reserva de quatro anos atrás, os R$ 6 bilhões, para injetar nos Correios. Segundo ele – ao Estadão – “o valor foi calculado com base no montante que a companhia repassou à sua controladora, a União, nos últimos anos, além do mínimo exigido.” O representante da empresa confirma que o dinheiro retirado, independente de quem o fez, foi “além da capacidade de sobrevivência da empresa”. 

Quanto aos salários dos cerca de 120 mil empregados, nos últimos meses ameaçados de não serem pagos, a empresa deve recorrer a empréstimo no segundo semestre para “honrar os compromissos”, bem como com encomendas de fornecedores. O Banco do Brasil será o alvo do pedido de R$ 750 milhões já aprovado pela diretoria executiva e pelo conselho de administração da ECT, Porém, o financiamento precisa da autorização do Ministério das Comunicações e Planejamento. Guilherme Campos destacou à imprensa que “está no meio de um incêndio”.


De acordo com o jornal Valor Econômico, essa alternativa é vista como uma das únicas possíveis para evitar o esvaziamento absoluto do caixa. Além disso, o empréstimo será pago em cinco anos – já a operação deverá ter 12 meses de carência. “Durante esse período, os Correios vão desembolsar apenas as despesas com juros. O pagamento do saldo começa no 13º mês. A operação será garantida por recebíveis da estatal, que já usa uma conta no BB para receber pelos serviços postais prestados a cerca de 100 mil clientes em todo o país”, ressalta a matéria.