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terça-feira, maio 30, 2017

TST apresenta proposta para o plano de saúde dos Correios à ECT e às federações


Houve mediação nesta segunda-feira (29) entre a ECT e as federações representativas da categoria sobre o plano de saúde dos ecetistas. A audiência, presidida pelo vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emanoel Pereira, teve como objetivo a apresentação da proposta do tribunal (ANEXADA) para os Correios, a qual deixou a diretoria da ECT inconformada e com discurso de demissões na empresa. Já os representantes dos trabalhadores reafirmaram a sustentabilidade dos Correios e refutaram novamente o déficit alegado pela estatal.
A FENTECT destaca que, hoje, não houve julgamento. Ainda assim, a situação poderá ser convertida em dissídio coletivo, caso não haja sucesso na mediação do TST. Antes disso, o tribunal apresentou algumas bases de estudo para a proposta que gerou polêmica. A ECT permanece irredutível e defendendo o custeio de 50% do plano de saúde pelos empregados.

Os representantes dos trabalhadores relembraram a falta de transparência nos Correios, já que os dados econômicos não são fornecidos desde outubro de 2016. Para esses, está claro que a ECT tem trabalhado com base em dados não oficiais. Além disso, é notável a vontade da empresa em antecipar a campanha salarial deste ano, já que o Acordo Coletivo de Trabalho 2016-17 ainda está em vigência.

A FENTECT orienta a todos os sindicatos filiados atenção quanto ao Processo de Mediação e Conciliação Pré-Processual (TST-PMPP-5701-24.2017.5.00.0000), a espera pela proposta detalhada do TST, que será encaminhada às entidades, e as próximas atividades. Enquanto isso, é importante contribuir com as manifestações a respeito do tema e as mobilizações rumo às negociações do ACT deste ano.

FENTECT

Situação dos Correios ganha destaque em Comissão Geral na Câmara


Após a sequência de audiências públicas com destaque ao tema Correios, a FENTECT foi convidada a fazer parte da Comissão Geral, na Câmara dos Deputados, dia 30 de maio, às 10 horas. O secretário-geral da federação, José Rivaldo da Silva, fará parte da sessão no Plenário Ulysses Guimarães, também na presença de diversos parlamentares, para debater o tema “A Situação de Crise na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos”.
A comissão havia sido anunciada já na última audiência pública, na Comissão de Legislação Participativa da Câmara, no dia 11 de maio. Segundo o deputado federal Leonardo Monteiro, coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Correios e autor do requerimento nº 106, que trata do assunto, “há um clima e vontade para isso”. O parlamentar afirmou na ocasião a necessidade de ações conjuntas para viabilizar a estatal e para que ela esteja presente em vários cantos do país, onde, inclusive, outras empresas não estão presentes, com serviços bancários e postais.

Na última audiência, enquanto o presidente dos Correios, Guilherme Campos, reafirmava o déficit da empresa, os representantes dos trabalhadores esclareceram os deputados e presentes, dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) que afirmam o crescimento da receita da empresa ano a ano.

Além dos desmontes, os trabalhadores precisam lutar contra o Plano de Demissão Incentivada que está sendo pensado pela ECT. O número de funcionários, assim, tende a cair para 112 mil. Ontem (25), foi anunciada nova reestruturação da empresa, que ainda é uma incógnita para os trabalhadores. Não ficou claro para a categoria se haverá cortes de cargos ou fusões. Outro fator prejudicial à população é o DDA, com a entrega alternada.

A FENTECT conta com a participação de todos nesta Comissão Geral. É preciso que os sindicatos enviem seus representantes, para que, unidos, os empregados da ECT demonstrem a força e a vontade de manter a qualidade dessa empresa que é patrimônio nacional.

Ocupa Brasília fecha mais uma semana de muita luta também para os ecetistas


Em adesão ao chamado das centrais sindicais de todo o País - os trabalhadores dos Correios participaram, com sucesso, do movimento #OCUPABRASÍLIA. Pacífica em grande parte do percurso, na Esplanada dos Ministérios, no dia 24 de maio, a marcha demonstrou a insatisfação de 200 mil trabalhadores, que dizem “não” às contrarreformas do presidente Michel Temer (Reformas Trabalhista e da Previdência), além de pedirem a renúncia do chefe do Executivo e Diretas Já.

Como representação de toda a categoria, a FENTECT levou para as ruas uma grande bandeira, como a camisa dos ecetistas, com as principais demandas: #FORATEMER, #FORAKASSAB e #FORAGUILHERMECAMPOS. No mesmo dia, antes de ocuparem o Plano Piloto, na capital federal, os ecetistas ocuparam a frente do edifício sede dos Correios, com carro de som e discursos acalorados, contra as retiradas promovidas pela ECT.


Ataque aos trabalhadores

A federação destaca que é contra todo e qualquer tipo de violência, como foi veiculado pela mídia. No entanto, ressalta que a truculência da Polícia Militar do Distrito Federal contra os manifestantes é inadmissível e somente desqualifica a mobilização, que, por vezes, foi acalmada pelos próprios dirigentes das centrais que estavam conduzindo a marcha. Ao tentar aproximação do Congresso Nacional, dita casa do povo brasileiro, a PM tentou dispersar os manifestantes com bombas de efeito moral e balas de borracha, antes mesmo de haver qualquer ato violento por parte de algum civil.
É de suma importância que a população brasileira mantenha a coragem para permanecer alerta contra a retirada de conquistas históricas, mesmo com a veiculação desenfreada da imprensa dos atos de vandalismo, ainda não comprovados de onde partiram, no dia da manifestação, que faz apenas com que a sociedade desacredite no movimento e recue na luta pelos próprios direitos.


Greve Geral de 48 horas

O Ocupa Brasília reuniu caravanas de todo o Brasil, foram cerca de mil ônibus. A FENTECT estará atenta às próximas agendas das centrais, que prometem novas mobilizações e uma possível greve geral no mês de junho, de até 48 horas, ainda mais ampla que a do dia 28 de abril.

A federação reforça a importância da união de todos os trabalhadores dos Correios as demais categorias brasileiras, em defesa dos seus direitos além dos muros da ECT, pois a privatização é um reflexo da atual política nacional. É preciso denunciar os problemas internos que prejudicam a categoria, mas ir também às ruas protestar contra questões ainda mais amplas, que ameaçam o futuro dos servidores públicos e de estatais, empregados CLT e a família de cada um.


#Nãoàreformatrabalhistaeprevidenciária

Mediação do plano de saúde será nesta segunda-feira, no TST


Tendo em vista toda discussão sobre o plano de saúde dos trabalhadores dos Correios, a ECT, que apresentou propostas na Comissão Paritária de Saúde que apenas oneram os empregados. Sem acordo entre as partes, a empresa solicitou mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), marcada para a próxima segunda-feira (29), às 14 horas.
A demanda foi judicializada pela ECT antes mesmo da greve geral do dia 26 de abril. Essa medida, para a FENTECT, é uma tentativa da empresa em adiantar a campanha salarial, que tem como data base o dia 1 de agosto.

Nas assembleias do mês do último mês, após um longo período de estudos da comissão, os ecetistas rejeitaram por unanimidade as propostas da empresa de mudanças no benefício. O objetivo da Comissão Paritária, conforme o ACT, era apresentar melhorias para os empregados. O que difere do posicionamento da ECT, que propõe somente prejuízos. Os trabalhadores não vão aceitar pagar essa conta.

A FENTECT se contrapõe ao déficit insistentemente alegado pela empresa, que culpabiliza o plano de saúde dos trabalhadores. Entende-se que a ECT possui meios para investir receita nos Correios. Ao contrário disso, ataca os próprios empregados, com medidas drásticas, como aconteceu com o corte das férias e, agora, em curso, a possível oneração do plano de saúde.

FENTECT

segunda-feira, maio 22, 2017

ELEIÇÕES POSTALIS




ACIMA ESTÃO NOSSOS CANDIDATOS PARA ELEIÇÃO DO POSTALIS, É DE SUMA IMPORTÂNCIA QUE POSSAMOS ELEGER REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES, JUNTOS PODEMOS DAR NOVOS RUMOS PARA NOSSA CAIXA DE PREVIDÊNCIA.

Federação convoca os trabalhadores a ocupar Brasília no dia 24 de maio

Os empregados dos Correios também precisam fazer parte da maior mobilização em prol dos trabalhadores do País. Organizadas pelas principais centrais sindicais brasileiras - CUT, Força Sindical, CGTB, UGT, CSP-Conlutas, Intersindical, NCST, CSB, CTB - caravanas de diversos estados vão estacionar em Brasília para um dia especial de protesto contra as Reformas Trabalhista e Previdenciária do governo federal, no dia 24 de maio, a partir das 14 horas, no estádio Mané Garrincha.

A expectativa é reunir até 50 mil pessoas e, para isso, os ecetistas devem estar lá. Há uma grande demanda interna contra retirada de direitos nos Correios, mas que poderá ser agravada em caso de aprovação dessas reformas.

A FENTECT solicita, portanto, que todos os sindicatos enviem para a federação o nome do organizador e o quantitativo de cada caravana que seguirár para capital do país, para participar da mobilização. Dessa maneira, será possível organizar o movimento com antecedência.



Parar o Brasil contra as reformas
 
Reunidas, as categorias de trabalhadores brasileiros vão preparar uma Greve Geral de 48 horas, prevista para o mês de junho. O intuito é parar o Brasil contra o retrocesso que está sendo proposto pelas contrarreformas do governo federal, que encerram direitos conquistados por lutas históricas da classe trabalhadora.

Com as medidas propostas, haverá aumento do desemprego e da miséria no país. O risco social será elevado e a luta dos trabalhadores dificultada, com as restrições nas atividades sindicais, que inviabilizam a defesa da classe, ampliação de direitos e a aplicação da Justiça do Trabalho.



Reforma Trabalhista
 
Com a Reforma Trabalhista, entre outras situações, está previsto intervalo reduzido a meia hora para o almoço; salário inferior ao mínimo para quem trabalhar menos de 30 horas por semana; fim das férias de 30 dias; jornada de trabalho diária e semanal sem limitação; fim dos concursos públicos, fim da carteira assinada e negociação do patrão e empregado sem parâmetros legais, ou seja, o fim da CLT.



Reforma da Previdência
 
O empregado corre o risco de trabalhar até morrer, ou aposentar sem o valor integral. A proposta do governo aumenta a idade de aposentadoria para 65 anos, para os homens, e 62 anos, para mulheres; eleva também para 49 anos o tempo de contribuição para aposentadoria integral; põe fim às aposentadorias especiais; reduz pensões e benefícios do INSS até metade do valor, e aumenta o tempo de contribuição para trabalhadores rurais em 20 anos e a idade para 60 anos.

Carteiros, atendentes, OTTs e administrativos podem se organizar nas bases para conquistar mais apoio ao movimento e gerar força à luta. Os ecetistas têm uma grande missão, tão importante quanto lutar contra o desmonte e a privatização dos Correios.

fentect

Encontro Nacional das Mulheres inicia nesta sexta, em Salvador

Mulheres  ecetistas já estão reunidas em Salvador (BA) para o XX Encontro Nacional de Mulheres da FENTECT, para garantir a manutenção dos direitos das femininos nos Correios e a qualidade de vida de todas as trabalhadoras. 

Elas vão mostrar o quanto as mulheres, unidas, são mais fortes e podem conquistar direitos. 

O evento vai até este domingo, dia 21 de maio.

Encontro destaca a dificuldade em ser mulher e negra no Brasil


No segundo dia do XV Encontro Nacional de Assuntos Raciais da FENTECT, os representantes dos trabalhadores tiveram acesso a dados importantes sobre a violência contra as mulheres negras e mais esclarecimentos sobre o processo de inserção e exclusão dos negros no mercado de trabalho. Além disso, ao final das explanações, o curta "O Xadrez das Cores" e o vídeo da Mobilização Nacional Indígena, feito em apoio à causa dos índios do Brasil, "Demarcação Já", foram apresentados para promover a reflexão e subsidiar os debates do evento.

Desde o início do século XIX, os negros têm aderido ao mercado de trabalho em diversas profissões subestimadas pela sociedade. Atualmente, há apenas 28% de negros nos serviços públicos do país. Em 2010, os Correios, no anseio de se tornarem uma empresa mestiça, lançaram uma espécie de senso para analisar o quantitativo desses funcionários e chegou a conclusão de que havia apenas 10% de negros na estatal. A realidade, de acordo com os participantes do evento, tem sido alterada justamente devido ao debate levantado pelas representações e a sociedade. Logo, fica a importância dos assuntos raciais.



A mulher negra
 
Dados preocupantes demonstram que 62% das mortes no pós-parto, bem como 68% por agressão e 67% vítimas de estupro são de mulheres negras. Por mais que haja políticas pela diminuição dos índices, nota-se que 80% das assassinadas no país são mulheres negras. Ainda, 25% dessas sofrem violência de conhecidos e 27% dos próprios cônjuges.
Entre 2003 a 2013, houve queda de 10% do homicídio de mulheres brancas brasileiras. Em contrapartida, a violência e os assassinatos contra as mulheres negras aumentaram em 50%, nesse período. Isso tudo também se deve em relação à cultura da super exposição feminina.

Constata-se que as mulheres negras são as que mais sofrem assédio sexual e consequentemente moral, no mercado de trabalho e na sociedade. Por isso, é preciso combater o preconceito institucionalizado.

Os homens brancos recebem quase três vezes mais que as mulheres negras. Já as de raça branca recebem o dobro em comparação àquelas. O próprio homem negro chega a receber 30% acima dos valores pagos às negras no país.



Contrarreformas
 
Agora, é preciso atentar às reformas propostas pelo governo federal, que podem prejudicar ainda mais a realidade das minorias do país. O encontro ressalta o contexto capitalista atual, que, para se valer, explora cada vez mais o trabalhador. Tratam-se de estratégias montadas para deixar a classe em situações cada vez piores. Portanto, o XV Encontro Nacional de Assuntos Raciais vem com a proposta de lançar esperança nos ecetistas, para que levem às diversas comunidades e, dessa maneira, todos possam acreditar e lutar por um mundo novo e diferente, menos injusto e desigual.

 fentect

Debate sobre a luta das minorias tem início nesta quarta-feira, em Salvador


Ser negro, pobre e discriminado no Brasil e não saber se volta para casa, é uma realidade. Fazer parte das minorias é lutar diariamente contra a violência e a exclusão. Não há como debater sobre a questão dos negros, sem incluir os brancos, bem como os homens no tema das mulheres. A conscientização é urgente em vista da doença que a sociedade brasileira tem vivido. Salvador (BA), em um estado carregado de história e com 79,9% dos negros do país, recebe o XV Encontro Nacional de Assuntos Raciais da FENTECT. O evento, que será realizado entre os dias 17 e 19 de maio, tem como objetivo gerar consciência e atuação nos militantes.

"A FENTECT tem tradição no debate sobre assuntos raciais. Portanto, é hora de rearticular todos os setores sindicais para pensar e agir o tema. Não é pouca coisa, teremos muito trabalho pela frente e vamos discutir muitos assuntos a respeito nos próximos dias", destacou o secretário de Assuntos Raciais, Rogério Ubine.

"As terras do Cruzeiro, sem reis e sem escravos", cem anos antes de Martin Luther King, já era sonho do homenageado pelo XV Encontro Nacional de Assuntos Raciaisl, Luiz Gama. O jornalista, advogado e poeta, filho de homem branco e negra livre, foi feito escravo aos 10 anos e alfabetizado apenas aos 17 anos de idade. Tornou-se, então, advogado abolicionista e conseguiu libertar mais de 500 escravos - número estimado em mil.

Para os representantes dos ecetistas, o encontro levará ideias não apenas aos trabalhadores dos Correios, mas a cada cidadão brasileiro. Ressaltou-se na abertura a necessidade da luta pela equidade, mas, acima disso, o respeito aos demais, independente de raça, crença ou classe.



Análise de conjuntura
 
A questão da mulher negra no país, violentamente atingida todos os dias, ganhou destaque nas falas, já que essas precisam enfrentar a realidade do 5º país mais violento para mulheres. Além disso, houve crescimento de mais de 190% da violência e da agressão às mulheres negras vítimas letais do machismo. Também os jovens ainda estão nas mãos da criminalidade. A cada dois cidadãos brancos vítimas de homicídio, seis negros são atingidos como vítimas diretas.

"Branco favelado sai de casa e pode voltar empregado, enquanto a família do negro agradece por ele estar vivo. Nossa pele é preta, mas nossa cabeça é branca, por conta do sistema capitalista excludente", destacou-se na visão sobre a realidade dos negros.

Diante dessa realidade, são necessárias políticas públicas para combater a homofobia, a violência contra as mulheres, a favor dos negros e, principalmente, aos trabalhadores. Isso, para que todos tenham direito à educação e ao esclarecimento contra ao que prega o atual governo, com a implantação de retrocessos. É a hora de cada um sair para as ruas e garantir o futuro do país, com muita luta. O que está sendo retirado do povo, nestes tempos, pode não ser devolvido nunca mais.

fentect

terça-feira, maio 16, 2017

COMPENSAÇÃO DOS DIAS

O que tange o acordo será compensado os dias de paralisação com exceção do dia 28 que será descontado, esse desconto se dá em virtude de uma ordem do governo TEMER que não aceita a participação dos trabalhadores no movimento de greve geral e estão fazendo o possível para impedir a participação nos próximos movimentos.

A compensação se dará em cima dos dias de trabalho apenas, ou seja, de segunda a sexta e o sábado pra quem é efetivo, não será computado para efeito de compensação nem feriado e nem final de semana.

as convocações poderão ser realizadas com 48 de antecedência, e não poderá ultrapassar 2 horas diárias de segunda a sexta, bem como até no máximo 4 horas no sábado.

Para os trabalhadores que aderiram à greve no dia 27 e trabalham até sexta, terá que ser compensadas 48 horas, aos que são efetivos no sábado a compensação será de 56 horas.

Temos 60 dias para compensar sendo que a mesma será mediante a convocação de 48 horas de antecedência.

COM CERTEZA VALEU A PENA!

Aos Trabalhadores E Trabalhadoras dos correios do estado do Pará, acompanhamos a manifestação de alguns trabalhadores dizendo que o movimento de greve não valeu a pena e que a luta foi em vão!

Então o que tínhamos antes da greve? Apenas a decisão unilateral de que  estava suspensa toda a programação de férias a partir de maio, depois do movimento garantimos a programação de férias com pagamento integral de maio e junho e abrimos o debate sobre os demais meses bem como ganhamos tempo para nossas ações judiciais.

Antes da greve tínhamos um presidente dos correios e um ministro das comunicações que falando aos quatro ventos que se não aplicasse as mudanças na empresa à única saída seria a demissão inicial de 25 mil trabalhadores concursados, e posteriormente a privatização da ECT, durante o movimento tivemos audiências publicas dentro do congresso nacional, junto à frente parlamentar em defesa dos correios, ampliando assim, a discussão sobre a não privatização, forçando reuniões paritárias sobre o assunto, calando assim temporariamente o discurso de privatização e demissão motivada dos trabalhadores concursados.

Apenas estes pontos acima já são suficientes para dizer que a greve valeu a pena.
 Não vamos desmerecer a nossa luta, os trabalhadores que se uniram em todo o Brasil se colocaram frente a frente com o poderoso patrão, e sim, demos nosso recado e podemos nos sentir vencedores, e tenha certeza de que sempre vale a pena lutar.

Vamos dar uma respirada e renovar nossas forças, pois outras lutas virão e estaremos prontos para o combate. As bandeiras foram levantadas e os debates com a representação dos trabalhadores continuam.

Então parabéns a todos os guerreiros e guerreiras que tiveram a coragem de lutar pela afirmação e garantia de seus direitos.

ENCERRA A GREVE EM TODOS ESTADOS

No ultimo dia 08 de maio os trabalhadores dos correios do estado do Pará aprovaram em assembleia a proposta dos correios com ressalvas nos pontos 1, 2, 3, e 5, aprovando apenas o item 4 como orientou a FENTECT, salientamos que entendemos que a proposta contempla nossas reivindicações em muito pouco, e que, a votação da aprovação se deu apenas pela circunstância nacional que o momento apresentava, não nos deixando nenhuma outra saída a não ser a orientação pela aprovação, levando em consideração que a reprovação da mesma poderia acarretar em desconto de todos os dias tanto no salários quanto nos demais benefícios, o que poderia fazer com que muitos trabalhadores recuassem em nossa próxima greve devido a esses descontos.

 Apesar de parte dos trabalhadores orientados pela oposição votarem pela manutenção da greve incluindo alguns ex-chefes que estavam no movimento apenas para tentar voltar para seus cargos, a maioria tanto na capital quanto no interior já haviam dado seu recado deixando claro que greve não se faz por capricho, greve se faz com responsabilidade e coerência, e principalmente, greve se faz com união nacional de todos para termos chance de alcançar algum êxito, no ápice de nossa greve chegamos a ter cerca de quase 700 trabalhadores paralisados o que prova a intenção de mobilização e luta dos trabalhadores e isso também foi reflexo das dezenas de cidades visitadas pelo sindicato no interior.
Porem, em virtude da conjuntura nacional tivemos que orientar pela aprovação da proposta, acordo esse fechado por todas as forças da FENTECT, para que pudéssemos garantir o mínimo de perda para todos os trabalhadores tanto prova isso que todos os sindicatos que ainda estavam em greve orientaram pelo fim da mesma neste momento, mantendo o estado permanente de estado de greve, e aqui não foi diferente.

A oposição mais uma vez mostrou seu oportunismo uma vez que haviam concordado com o consenso, porem estavam armando mais um de seus espetáculos para fazer o desgaste em cima do sindicato, uma vez que eles nem sequer votaram nem pela aprovação nem pela rejeição, ou seja, jogaram a responsabilidade na costa do trabalhador, esse tipo de postura é lamentável e apenas reforça o tipo de aproveitadores que esses garotos são, ou seja, sem responsabilidade nenhuma com os pais e mães de família que estavam em greve.

Temos que fazer nosso movimento dentro dos amparos legais e não emocionais, neste momento temos que ser racionais, pois para os que conhecem nossa história sabem que há alguns anos atrás o sindicato do Pará não agiu com responsabilidade e manteve uma greve sozinho o que culminou com a demissão de muitos trabalhadores, como disse um famoso historiador (Edmund Burke) “O POVO QUE NÃO CONHECE SUA HISTÓRIA ESTÁ CONDENADO A REPETI-LÁ”, e não vamos colocar a cabeça de nenhum trabalhador a prêmio apenas para inflar o ego de quem não tem compromisso algum com os trabalhadores.

VALE RESSALTAR QUE TODOS OS DEMAIS SINDICATOS INCLUSIVE OS “LUTADORES” LIGADOS A OPOSIÇÃO APROVARAM A PROPOSTA ENCERRANDO A PARALISAÇÃO POR ENTENDER QUE SÓ VIRIA PREJUIZO AOS TRABALHADORES QUE CONTINUASSEM NA GREVE, COMO FOI CONFIRMADO NO MEMORANDO 01204/2017 ONDE DESTACA NO ITEM 6 QUE OS SINDICATOS DO ACRE, SANTA CATARINA E SANTA MARIA TERÃO TODOS OS DIAS DESCONTADOS. 

FENTECT solicita à empresa tratamento igualitário sobre a compensação de greve

Devido ao corte de ponto e dos tíquetes alimentação dos sindicatos do Acre, Santa Catarina e Santa Maria, por causa da greve, a FENTECT enviou à ECT a Carta 112, pela qual solicita à empresa tratamento isonômico a todos os sindicatos filiados. A empresa tomou essa decisão devido ao retorno dos três sindicatos às atividades normais apenas no dia 10 de maio.

Para a federação, todos os trabalhadores devem ser abrangidos pela proposta da ECT, que determina a compensação dos dias parados no prazo de 60 dias, a partir de 6 de maio. A FENTECT é entidade representativa de todos os sindicatos filiados e qualquer acordo fechado com a federação deve ser global, direcionado aos ecetistas do Brasil.

Representantes são recebidos novamente na Câmara para debater sobre os Correios

Mais uma audiência pública foi realizada nesta quinta-feira (11), na Comissão de Legislação Participativa, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Entidades representativas da categoria e o presidente da ECT, Guilherme Campos, foram convidados para falar sobre a situação dos Correios no Brasil. O debate resultou do requerimento nº 106/16, do coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Correios, deputado federal Leonardo Monteiro.

Como observação, o deputado resssaltou no documento que a alegação de não rentabilidade da empresa é incoerente, pois o serviço postal em todo o mundo é estatal e entendido como um direito ao cidadão. Afirmação confirmada pelo secretário-geral da FENTECT, José Rivaldo da Silva, que destacou o interesse dos trabalhadores em manterem o patrimônio nacional. "Embora o presidente dos Correios diga que não quer privatizar a empresa, percebemos o interesse em reduzir a atuação no Brasil. Nós, no entanto, queremos que continue pública, prestando serviços à sociedade. Há mais de 15 anos a ECT não apresenta novos serviços", lembrou.

Max Leno, diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), levou para audiência alguns dados importantes sobre a estatal. Por exemplo, de acordo com a análise da instituição, entre os anos de 2011 e 2016, a despesa e a receita totais dos Correios cresceram 53,5% e 32,8%, respectivamente. Além disso, houve redução no número de empregados, que em 2013 alcançava 125 mil e, atualmente, conta com apenas 117 mil trabalhadores. "A empresa de Correios não é uma ilha de prejuízos. É fundamental que dados mais atuais da empresa possam ser disponibilizados, com o propósito de trazer luz à sociedade, tendo em vista que os últimos são de 2015", esclareceu.

O secretário-geral da federação salientou que, com o Plano de Demissão Incentivada, que está sendo pensado pela ECT, o número de funcionários tende a cair ainda mais, para cerca de 112 mil. Segundo José Rivaldo, outro fator prejudicial aos cidadãos é o DDA, com a entrega alternada. "Poderíamos ter ainda mais monopólio caso as correspondências não chegassem atrasadas e contássemos com mais trabalhadores nos Correios", pontuou.

Demais representantes dos ecetistas, presentes na audiência, aproveitaram a oportunidade para destacar o trabalho dos carteiros, atendentes e OTTs, que sofrem diariamente com as más condições e os perigos da profissão. Destacaram que é preciso haver interesse do governo federal e da empresa em discutir as soluções e, assim, poderão contar com a ajuda e a disponibilidade dos próprios empregados. Mas, para isso, é importante que os trabalhadores façam parte do processo de gestão, sendo chamados ao debate sobre as possíveis transformações e valorizados nas propostas da ECT.



Comissão geral
Está marcada para o dia 30 de maio, às 9 horas, uma comissão geral na Câmara, quando diversos parlamentares poderão participar e também debater situação da ECT. "Há um clima e vontade para isso. É necessária ação conjunta para viabilizar a estatal, que está presente em todos os cantos do país, inclusive em locais onde outras empresas não se fazem presentes, com serviços bancários e postais", frisou o deputado federal Leonardo Monteiro.

Novas audiências públicas repercutem a luta pelos Correios do Brasil

A luta dos trabalhadores dos Correios não é finda. Resultado das mobilizações da categoria em todo o País, será realizada nova audiência pública, em Brasília, dia 11 de maio, na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, para tratar da Situação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Portanto, a FENTECT confirma importância desse evento e convida os representantes dos sindicatos a participarem de mais uma atividade, que busca melhorias para a ECT, para os empregados e a sociedade. O secretário-geral da federação, José Rivaldo da Silva, comporá a mesa, para levar a todos informações da real situação dos trabalhadores.

O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Correios, deputado federal Leonardo Monteiro, é autor do Requerimento nº 106, que resultou na aprovação da audiência ampla. No documento, o deputado reafirma a preocupação com as discussões sobre a possibilidade de privatização. “A alegação da direção da empresa é de que os Correios não é uma empresa rentável. Discordamos desse argumento. O serviço postal no mundo todo é estatal, porque é entendido como um direito do cidadão”, afirma.

A audiência pública será realizada no plenário 3 da Câmara dos Deputados, na próxima quinta-feira, dia 11 de maio, às 9 horas. Já está aprovada, também, uma nova audiência no plenário da Câmara Federal, quando todos os parlamentares poderão participar. Com isso, a problemática envolvendo os Correios ganha ainda mais repercussão no Congresso Nacional e com a sociedade.

“A saída é diversificar as atividades como o mundo todo tem feito. Não fechar agências. Não demitir e cortar direitos dos trabalhadores. Não privatizar um serviço público que tem mais de 3 séculos e uma empresa com mais de 40 anos de bons serviços prestados ao Brasil e ao nosso povo”, acrescenta o deputado Leonardo Monteiro, no Requerimento nº 106.

Estarão presentes também, nesta quinta-feira, membros da Associação dos Analistas de Correios do Brasil (AACB), da Associação Nacional dos Trabalhadores da ECT (ANATECT), da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP) e da Associação de Mulheres dos Trabalhadores nos Correios MARIA MARIA.


Bem como nas demais, ocorridas nos últimos meses, a federação conta com a atenção de todos da categoria, para que possam solicitar apoio dos deputados e senadores e, dessa maneira, pressionar a empresa a agir de boa fé com os próprios empregados, investindo em uma gestão de qualidade e com atenção ao público.

Trabalhadores dos Correios retornam às atividades


A partir de hoje (9), a maioria dos sindicatos dos trabalhadores dos Correios, de todo o País, encerram a greve e os ecetistas retornam às atividades. A FENTECT, durante o processo de negociação e da paralisação, não mediu esforços para promover a unidade categoria, diante dos ataques vindos do governo federal e da direção da ECT. Todo o material de mobilização foi encaminhado às entidades filiadas e as informações foram passadas em tempo real, para que não faltassem a lisura e a transparência necessárias.

Os ecetistas alcançaram não somente a unificação do movimento sindical, mas, também, com todas as associações de Correios. Todos em busca de uma solução para a crise financeira da empresa. Foram deliberadas várias ações em conjunto para esclarecer a sociedade sobre a necessidade da manutenção dos Correios público e de qualidade.

A mobilização significativa da maioria dos sindicatos filiados à FENTECT, com certeza, fez com que a ECT reconhecesse a força dos trabalhadores. Diversas agendas foram abertas na Câmara Federal, na imprensa, na Frente Parlamentar em Defesa dos Correios e no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Audiências públicas também foram realizadas. Nessas ocasiões, a categoria pode rebater o suposto déficit alegado pela empresa. Há, ainda, uma grande audiência pública marcada no Plenário da Câmara, que abrirá um amplo debate sobre os Correios, junto ao governo e à sociedade.

Da unidade entre as representações sindicais e associações surgiram propostas para contrapor os ataques feitos em nome da crise:
  • Devolução dos dividendos repassados à União pelos Correios; 
  • Fidelizar todos os serviços dos governos federal, estadual e municipal, o que gera um lucro de pelo menos R$ 20 bilhões para a empresa; 
  • Ampliar os serviços dos Correios, a exemplo, na emissão e retirada de documentos, cadastramento de programas sociais etc,
  • Reduzir o impacto do pós-emprego nas contas da empresa, haja vista que o déficit nas contas também é oriundo desse lançamento contábil.
A categoria ecetista entende que todos esses ataques estão sendo implementados em nome do suposto déficit, que está sendo fabricado para justificar uma possível privatização. A responsabilidade pelo desequilíbrio financeiro não é culpas dos trabalhadores. Nesse sentido, a FENTECT conta com a participação de instituições conceituadas, como o DIEESE, que está elaborando material de suporte para ser apresentado nas audiências e mostrar que há alternativas para sanar a crise.

A FENTECT reforça que o momento é propício para agregar forças. Aos trabalhadores, orienta para que a adesão às ações seja ainda maior, pois a campanha salarial deste ano promete obstáculos por parte da empresa, que fará o possível para retirar os direitos dos empregados. A união e a luta são fundamentais para frear as intransigências da ECT e os ataques.

Todos os trabalhadores estão de parabéns pela batalha travada até aqui, com determinação e coragem. Porém, é preciso continuar, para provar que os Correios podem, sim, permanecer no mercado como empresa de qualidade e altamente lucrativa, sem deixar de exercer o papel social e sem reduzir o direito dos ecetistas.


Quanto à proposta, entende-se que foi imposta a derrota à direção da empresa, pois, apesar das ameaças de corte de dias, a categoria apresentou resistência. O recado foi dado à ECT e está claro que os trabalhadores não ficarão calados ao serem submetidos às condições degradantes. Haverá luta a cada sinal de ataque por parte da direção dos Correios, para que sejam mantidos os empregos e por nenhum direito a menos.

quarta-feira, maio 03, 2017

Representações permanecem em atividades em defesa dos trabalhadores e da empresa

Enquanto os trabalhadores dos Correios permanecem com a greve geral, por todo o Brasil, a FENTECT dá continuidade às atividades em defesa dos direitos da categoria. Hoje (3), muitos ecetistas estão reunidos na porta do edifício sede da empresa, em Brasília, em uma grande mobilização. Nessa terça-feira (2), a federação e associações de Correios se reuniram com a Frente Parlamentar em Defesa dos Correios, para buscar alternativas contra a privatização e para o fortalecimento da empresa.
 
A agenda vai além. Ainda pela manhã, haverá reunião com o presidente dos Correios, Guilherme Campos. Na parte da tarde, audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e reunião da frente parlamentar com o presidente Campos, ambas às 15 horas.


Em frente!
No encontro dessa terça-feira, com a frente parlamentar, foram apresentados dois requerimentos que abrem a discussão na Câmara Federal. Um dos requerimentos na Comissão de Legislativa Participativa já foi aprovado e aguarda data para a audiência pública.

Outro movimento está sendo desenvolvido é a realização de uma grande audiência no Plenário da Câmara Federal para debater a situação dos Correios. Para isso, sete assinaturas de partidos já foram conseguidas, somando 173 deputados. Assim, regimentalmente, já foi alcançado o quantitativo para aprovação da audiência, porém, fica a critério do presidente da Câmara o agendamento da data para realização.

A frente parlamentar informou às representações de Correios que nesta quarta-feira haverá reunião com o presidente dos Correios, Guilherme Campos, para tratar sobre as declarações que têm sido alardeadas à imprensa sobre a situação financeira da estatal. 

Considerando o momento de greve geral e campanha extraordinária em defesa dos Correios contra a privatização e contra a retirada de direitos, foi solicitado apoio para que a empresa recue nos ataques aos direitos dos trabalhadores, que, justamente, culminaram na deflagração da greve.

Nota Oficial - Esclarecimentos sobre a pauta Plano de Saúde

A respeito do plano de saúde, a FENTECT informa que os Correios, antes da deflagração da greve no dia 26 de abril, já havia demonstrado interesse em judicializar a demanda. Por isso, no momento, há um pedido de mediação pela empresa, sem avanços ou agendamento de audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

No entendimento da federação, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) encontra-se em vigência, por isso, com tal medida, há uma tentativa da ECT em adiantar a campanha salarial, que tem como data base dia 1 de agosto.

Assim, a FENTECT solicita o devido cumprimento do ACT, inclusive com o devido respeito à inclusão de novos dependentes e empregados, que tem sido negada pela empresa.

Cabe relembrar que a liminar concedida aos Correios na última semana não é relacionada ao plano de saúde, mas à greve. As medidas cabíveis já estão sendo adotadas pela FENTECT.

terça-feira, maio 02, 2017

Empresa adota medidas antissindicais para amedrontar grevistas

Vários trabalhadores questionaram a veracidade sobre uma suposta liminar obtida pelos Correios, que determina que 80% do efetivo trabalhe durante o período da greve. A FENTECT destaca que não foi notificada oficialmente sobre essa decisão. No entanto, em caso de intimação, serão tomadas as medidas adequadas junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), para esclarecer os pontos levantados pela ECT e, então, apresentar adequada contestação.
Entende-se que a empresa utiliza de práticas antissindicais para enfraquecer as justas reivindicações dos trabalhadores. A direção dos Correios tenta, a todo custo, implementar junto ao Judiciário medidas drásticas de cortes de gastos e retirada de direitos dos empregados. Ameaça, ainda, o desconto dos finais de semana e feriados dos grevistas, desrespeitando a lei de greve, que prevê que os dias de paralisação devem ser alvo de negociação entre as partes.
A tentativa da ECT de acionar o Judiciário para destruir a greve demonstra a falta de habilidade em resolver os problemas internos da instituição.
Novamente, a federação reforça que está à disposição para resolver o conflito e restabelecer a tranquilidade no serviço postal brasileiro. Vale relembrar que houve diversas reuniões e apelos para que não chegasse à paralisação.
Aos clientes, nos desculpamos pelo transtorno, mas, infelizmente, diante das práticas da ECT, não restou outra alternativa a não ser parar e denunciar a toda sociedade o esquema de destruição a que estão submetendo uma empresa tão importante como os Correios.
Faz-se necessária a reflexão: alguns dias de greve já causam transtornos, porém, é projeto do governo para os Correios causar esse tipo de situação diariamente. Os trabalhadores não vão aceitar o desmonte da estatal. A categoria demanda uma empresa de Correios pública e de qualidade, em todo o Estado brasileiro.
Por fim, a FENTECT solicita aos trabalhadores, clientes e familiares que cobrem da estatal o recuo nesses ataques, enviando mensagens nas redes sociais e também na página oficial dos Correios apoiando a greve e pedindo respeito aos que trabalham pela empresa e aos que contam com os serviços. Assim, fazer com que a ECT entenda a importância de adotar uma boa gestão e apresentar propostas satisfatórias a todos os envolvidos.
A federação acredita na justiça e na determinação dos empregados em defender os próprios direitos, empregos e a empresa. A FENTECT torce para que os Correios revejam o posicionamento adotado e recue nos ataques.

FENTECT orienta trabalhadores após tentativa de negociação com a empresa


Ontem (1), durante o Dia Internacional do Trabalhador, as representações dos trabalhadores dos Correios se reuniram com a direção da estatal, em São Paulo, para tratar das demandas relacionadas à greve deflagrada pela categoria no dia 26 de abril, às 22h. Entre essas: contra o desmonte da empresa e contra a privatização; retorno das férias; contra as demissões motivadas e por contratações; contra a entrega alternada (DDA, OAI); pela entrega matutina em todo o País, contra o fechamento e por segurança nas agências e abertura dos livros contábeis da empresa. Foram solicitadas, também, pelas representações sindicais, a retirada da judicialização referente ao plano de saúde e o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho vigente.
Devido à importância dessa reunião, diretores de todo o Brasil se deslocaram ao estado paulista para participar da negociação, como Acre, Distrito Federal e Bahia, além dos sindicatos do próprio Estado de São Paulo. O encontro seguiu das 11 horas às 19 horas, sem pausa para o almoço, com diversos momentos de suspensão.
Novamente, a empresa alegou a situação econômica para a adoção de medidas que suspenderam as férias de todos os trabalhadores dos Correios, estão fechando agências, ainda, com ameaça de demissão motivada e privatização da estatal, entre outros cortes gerais.
A representação dos trabalhadores reafirmou sua objeção quanto às medidas apresentadas pelos Correios, já que a situação deficitária da empresa é devida ao novo lançamento contábil, chamado “PÓS-EMPREGO”, que causou o impacto de R$ 1,5 bilhão nas contas da estatal, somado às diversas ações da gestão que minaram as reservas financeiras, tais como antecipação de dividendos à União de quase R$ 4 bilhões acima dos estabelecido legalmente. Além disso, diversos patrocínios e ações potencialmente prejudiciais, como o distrato com o Banco do Brasil, que onerou a empresa em torno de R$ 2 bilhões.
Conforme a representação dos trabalhadores, para que seja tratada qualquer retirada de direitos, essa deve ser precedida pela resolução da situação do pós-emprego e outras correções. Caso não sejam adotadas essas medidas, não haverá resultados financeiros positivos por, no mínimo, três anos. Por isso, os representantes insistiram na busca de alternativas para a correção desses lançamentos contábeis, sem que haja prejuízos à empresa e seus empregados.
Sem avanços, após longas horas de negociações e diversas suspensões, a direção da ECT oficializou uma proposta a ser encaminha às assembleias do dia 2 de maio. Em resumo, essa apresenta os seguintes termos: 

· DDA/OAI/CDD Virtual e centralizador: seriam suspensas novas implantações, com a formação de uma comissão para avaliação dos locais onde foram implantados, incluindo no debate o SD e a entrega matutina;
· Plano de saúde: os trabalhadores solicitaram a retirada de mediação do TST, porém, a empresa faz questão de manter a questão judicializada;
· Férias: mantem-se o calendário de férias dos meses de maio, junho e julho, porém com pagamento do teto de R$ 3.500,00. Valores que ultrapassassem seriam divididos em 5 vezes. Seria feita uma reavaliação para verificar o retorno à normalidade em 90 dias;
· Em relação aos dias parados em greve: o presidente dos Correios, Guilherme Campos, informou que o dia 28 de abril seria descontado (greve chamada pelas Centrais) e os demais dias efetivamente não trabalhados seriam compensados na própria unidade, até 30 de maio (não serão inclusos para compensação os finais de semana e feriados),
Quanto aos demais pontos da pauta abordada, não houve propostas por parte da empresa. 

Após criteriosa avaliação dos termos, a direção colegiada da FENTECT não considera satisfatória a proposta, conforme abaixo exposto: 

1) Quanto ao DDA, OAI e CDD CENTRALIZADOR , a suspensão desta medida já havia sido acordada anteriormente, o que não configura nova proposta, mas somente a continuidade de acordo firmado no dia 29 de dezembro de 2016; 
2) Após insistentes pedidos para cumprimento do acordo coletivo quanto ao plano de saúde, a empresa se negou a retirar a mediação proposta no Tribunal Superior do Trabalho; 
3) Sobre as Férias: 
a) a proposta garante apenas o retorno das férias para os meses de maio, junho e julho, prejudicando os demais empregados do segundo semestre; 
b) As férias foram antecipadamente agendadas entre a empresa e o empregado, e a decisão de suspensão unilateralmente pela direção dos Correios descumpre o normativo da própria estatal; 
c) O limite para o pagamento de férias no valor de R$ 3.500,00 deixaria parcela dos empregados prejudicados financeiramente, devido as demais cinco parcelas, 
d) Além disso, o condicionamento da retirada das ações judiciais prejudica processos judiciais dos sindicatos, que já se encontram com liminar, como PB,PI, SE, GO e SJO.

Cabe destacar que, para as demais reivindicações, não houve propostas por parte da empresa. Portanto, a FENTECT orienta a REJEIÇÃO DA PROPOSTA, a continuidade da greve e a aprovação da seguinte contraproposta, a ser avaliada nas assembleias do dia 2 de maio:
1) Revogação da suspensão das férias e debate sobre a situação econômica da empresa; 
2) Revogação da entrega alternada (DDA) e OAI (otimização de atividade interna), com discussão e análise da metodologia em comissão paritária, que deverá submeter para ratificação ou não, em assembleia regional pelos trabalhadores; 
3) Suspensão das ameaças de demissão motivada e privatização,
4) Suspensão do fechamento das 250 agências de Correios e a criação de comissão com participação dos trabalhadores para tratar sobre o tema relacionado às agências.

Quanto à situação financeira da empresa, fica proposto: 
5) Buscar alternativas, com a participação dos empregados, para o lançamento contábil do pós-emprego junto ao SEST, Ministério das comunicações e demais órgãos controladores, para reavaliar as variáveis aplicadas no cálculo do pós-emprego e o lançamento parcelado, afim de não impactar na situação econômica da empresa; 
6) Buscar e articular em conjunto, empresa e representações sindicais, medidas para reaver os repasses adiantados para o governo federal que fragilizaram novos investimentos na empresa; 
7) Buscar e articular, em conjunto, empresa e representações sindicais, a parceria com o governo federal, para implementar o projeto de fidelização do serviços junto aos Correios, fortalecendo a empresa e garantido sua saúde financeira com novos negócios.

A FENTECT ressalta a importância da mobilização e ainda mais adesão à greve, com a interação entre carteiros, atendentes, OTTs, administrativos, técnicos e também trabalhadores de nível superior. Aos sindicatos que ainda não enviaram seus representantes para Brasília, a federação sugere que o façam, para reforçar a mobilização.
Por fim, quanto à divulgação da empresa sobre obtenção de liminar para questionar a greve, a FENTECT informa que seque no aguardo da notificação e as medidas já estão sendo adotadas pela assessoria jurídica, para que todos os pontos sejam devidamente esclarecidos ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Dia do Trabalhador reflete dados ainda negativos para a classe e a importância da luta


Esta segunda-feira, dia 1 de maio, poderia ser um dia para comemorações, se a cada cinco minutos não morressem cerca de 20 trabalhadores por acidentes fatais e cerca de 3 mil não sofressem acidentes, ao redor do mundo. Os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) - anunciados em abril deste ano - demonstram que ainda há muito o que se fazer para zelar pela vida do trabalhador, seja no Brasil ou mundo afora. Por isso, a FENTECT pede a todos que a luta por direitos e dignidade não seja esgotada.
Em várias partes dos mundo, há relatos de escravidão velada, com milhares de trabalhadores laborando por horas a fio, sem remuneração ou condições apropriadas. O número é tão extenso que, ainda neste século, no Brasil, de 1995 a 2015, 49.816 pessoas foram libertadas da escravidão no país, segundo fiscalizações de trabalho escravo realizadas de maneira conjunta por Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, desde 1995.
Em março, no Brasil, foi registrado o total de 14,2 milhões de desempregados, encerrando o trimestre - 14,9% superior em relação ao imediatamente anterior, de outubro a dezembro de 2016. Isso significa mais 1,8 milhão de pessoas sem ocupação, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já em fevereiro, eram 13 milhões na rua.
De acordo com os dados da OIT, lançados no Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho, fica claro que essas são condições escassas, já que cerca de 2,3 milhões de pessoas morrem e 300 milhões ficam feridas todos os anos, no mundo, em acidentes de trabalho. A segurança do trabalhador, portanto, deveria ser item prioritário na pauta dos países, já que os números custam cerca de 4% do PIB mundial, em termos de dias perdidos, gastos com saúde, pensões, reabilitação e reintegração, conforme a entidade.

Prejuízos futuros
Além de conviver com esse tipo de degradação, todas as categorias e segmentos estão ameaçados com as principais reformas que o governo federal quer adotar, a Trabalhista e da Previdência. Assim, haverá ainda mais mão de obra barata e desvalorizada no Brasil e pessoas que passarão o resto do dia a "contribuir" por uma dívida que não lhes pertence.

Com a Reforma Trabalhista, entre os principais pontos, ficam acordos coletivos negoaciados prevalecidos sobre a CLT, sendo possível a negociação de jornadas maiores, de até 12 horas diárias. O benefício das férias poderá ser fatiado em três vezes e as horas de deslocamento até o trabalho serão ignoradas, sem pagamento.
Outro ponto importante é a promoção da vulnerabilidade do trabalhador, a que propõe a reforma de Michel Temer. Pela proposta, a contribuição sindical se torna facultativa, o que pode dificultar a luta dos trabalhadores, assistidos pelas entidades e que têm nelas a possibilidade de luta por direitos e garantias dos benefícios, caso não seja revista com cautela essa situação.
Assim, diante do cenário mundial e nacional, a realidade do trabalhador segue desfavorável. Com economias cada vez mais voltadas ao lucro, cabe às classes se unirem contra a promoção da retirada de direitos e contra a continuidade da escravidão, ainda em tempos tão modernos. Que este Dia do Trabalhador sirva como reflexão, para que nenhuma reforma seja imposta sem o consentimento dos principais atingidos por ela e para que trabalhar não seja um fardo, mas escolhas que gerem saúde, qualidade de vida e felicidade.