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quinta-feira, abril 18, 2019

ECT assume autoritarismo do Governo Bolsonaro para tentar sufocar o movimento sindical



Os ataques promovidos pelo Governo Bolsonaro ao movimento sindical e, por consequência, à classe trabalhadora brasileira, têm sido cada vez maiores. O último golpe com a Medida Provisória nº 873 que altera a forma de financiamento dos sindicatos pretende, antes de tudo, sufocar as entidades, inviabilizando o custeio de suas atividades e seu funcionamento.
A justificativa usada é de dar “liberdade” aos associados, mas depois de 100 dias de governo é cada vez mais evidente que o presidente lidera uma guerra ideológica e solitária ao invés de dar respostas aos problemas do povo que já sofre com mais de 12% de desemprego. Afinal, que liberdade é essa que beneficia os banqueiros ao estipular que a única forma de pagamento passe por instituições bancárias?
A ECT diz seguir orientações diretas da Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) para cumprir a nova legislação, mas além da MP 873/2019, a empresa também resolveu suspender todas as liberações dos membros de comissões dos sindicatos e das federações (mesmo quando não há ônus), exceto em atividades da própria empresa e fazer novas exigências para liberação de trabalhadores eleitos em assembleia para participar de atividades sindicais, dois ataques diretos à liberdade sindical.
Toda essa hostilidade não é por acaso. Com dificuldades para aprovar a Reforma da Previdência, o governo teve que fazer mais concessões que o esperado, além de expor sua fragilidade ao travar uma guerra pública com a presidência da Câmara. Nos Correios aproxima-se a Campanha Salarial e é óbvia a tentativa de enfraquecer a mobilização da categoria, principalmente com a ofensiva pela privatização já anunciada desde o primeiro dia pelo presidente eleito.
A FENTECT orienta todos os sindicatos a ingressarem com ação na Justiça para garantir o repasse com desconto em folha de pagamento e já está em contato com os advogados para tentar reverter a questão das liberações que ferem diretamente o direito de livre organização dos trabalhadores. Mas nada será possível se não houver consciência de que vivemos o momento mais crítico da história do movimento sindical recente. É preciso muita luta para resistir porque o governo já mostrou que não está disposto a dialogar pois enxerga a classe trabalhadora como inimiga.

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