No Brasil, a profissão de carteiro apresenta uma rica variedade de tipos que, marcaram a história da correspondência no país. O tropeiro foi o primeiro entregador de correspondência que o Brasil conheceu. Tivemos ainda o Estafeta e o Carregador de Mala Postal. O inspetor de Serviço Postal, no final do período imperial.
A denominação ”carteiro” foi usada pela primeira vez oficialmente no Decreto 255 de 29 de novembro de 1842, instrumento legal que detalhava seus deveres, previa punição para os relapsos, sem esquecer, porém, de prever a perda do direito ao serviço de entrega postal a toda pessoa que maltratasse o seu carteiro.
O serviço de distribuição domiciliário foi assim, aos poucos, se desenvolvendo, deixando de ser pago pelos assinantes para tornar-se gratuito a todos os que habitassem, primeiro o perímetro urbano do Rio, e, posteriormente, também, a zona rural. Em 1857, o serviço passou a ser feito com muita regularidade, por oito carteiros especiais, a pé e a cavalo (para a zona rural).
No decorrer de toda a segunda metade do século XIX, diversas leis foram baixadas no sentido de melhorar as condições de trabalho dos carteiros e aumentar seus parcos vencimentos. Ao mesmo tempo, tentava-se exigir deles um padrão razoável de competência e conduta. O emprego passou a ser preenchido por concurso, constando como pré-requisito um atestado de bons antecedentes firmado por autoridade policial. Durante o trabalho, o carteiro não podia fumar, nem conversar com amigos na rua, nem entrar em sua própria casa, mesmo que estivesse situada dentro de sua zona de distribuição. Além disso, devia ser urbano e atencioso para com o público
Todos marcaram os diferentes períodos da história postal no país. Cada um foi reflexo do seu tempo e hoje se constitui num elemento marcante da própria cultura nacional. Por isso, a diretoria do SINCORT se orgulha em reservar este dia para homenagear o seu maior símbolo, “o carteiro” .
