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segunda-feira, março 12, 2018

Greve dos Correios demanda melhorias e a manutenção da empresa pública para a sociedade



ECT induz os brasileiros a acreditarem em crise, enquanto patrocina intervenções políticas na estatal e deixa os trabalhadores no prejuízo, com retiradas de direitos e desvalorização
Os trabalhadores dos Correios vão entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir das 22 horas do dia 11 de março, por todo o País. A mobilização nacional da categoria, aprovada em assembleias dos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT), é contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS); a terceirização na área de tratamento; a privatização da estatal; suspensão das férias dos trabalhadores, como em 2017; extinção do diferencial de mercado; descumprimento da cláusula 28 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que trata da assistência médica da categoria, e contra a redução do salário da área administrativa. Além disso, entre as demandas dos ecetistas estão a contratação de novos funcionários via concurso público, a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão.

Um dos principais ataques da ECT é voltado ao plano de saúde da categoria, que recebe, em média, R$ 1600,00 (o pior salário entre empresas públicas e estatais) e, agora, no que depender da direção dos Correios, ainda terá que arcar com mensalidades no plano e a retirada de dependentes. Além disso, o benefício poderá ser reajustado conforme a idade, chegando a mensalidades acima de R$ 900,00. O julgamento do plano de saúde está marcado para a próxima segunda-feira, dia 12 de março, no Tribunal Superior do Trabalho (TST). 

A empresa também iniciou 2018 extinguindo o cargo de Operador de Triagem e Transbordo (OTT), importante para o movimento do fluxo postal interno, visando a terceirização nos Correios. Já anunciou a redução da carga horária e os salários dos trabalhadores administrativos, como reflexo da reforma trabalhista. Para piorar a situação, a empresa também anunciou o fechamento de mais de 2500 agências próprias, por todo o Brasil.


Luta conjunta
Todo o desmonte promovido pela gestão dos Correios tende a prejudicar ainda mais os serviços à população. A FENTECT esclarece que alguns argumentos repassados transmitem uma visão enganosa da realidade na estatal. Por exemplo, quanto ao monopólio dos Correios, que, hoje, corresponde apenas a cartas, malote e telegrama. O segmento de encomendas, como o Sedex, entretanto, sempre foi concorrencial.

Quanto ao reajuste dos preços dos serviços da estatal, a federação e toda a categoria concorda com a sociedade e discorda de aumentos abusivos nos valores. Por isso, os trabalhadores apoiam o direito da população ao cobrar que não haja excessos nas contas a serem pagas. Já em relação ao argumento da ECT para esse reajuste, a respeito da segurança dos trabalhadores, a FENTECT esclarece que não há nenhum benefício pago ao trabalhador por esse motivo, bem como nenhum adicional.


Patrimônio público
Os Correios são patrimônio nacional, garantem um direito constitucional à comunicação com segurança e alcançam os locais mais distantes do país. Além disso, não onera o governo federal ou o bolso do cidadão com arrecadação de impostos, já que, ao contrário, é o governo quem tem retirado verbas da empresa, sem retorno, nos últimos anos, como da ordem de R$ 6 bilhões.

Com todos os erros e ingerências políticas na administração dos Correios, a direção da estatal promove essas e outras retiradas de direitos dos próprios trabalhadores, responsabilizando-os pelos danos da ECT. A construção dos benefícios assegurados aos trabalhadores se deu por meio de negociações coletivas e aos ecetistas foram concedidos em contrapartida aos baixos salários, sem reajustes consideráveis há anos. Portanto, a greve, instrumento legítimo garantido a diversas categorias, é pelos trabalhadores dos Correios e toda a sociedade, e visa a melhoria, modernização e a empresa 100% pública, de qualidade para todos.

Correios suspende férias e flexibiliza direitos dos trabalhadores



No veículo de “desinformação” da ECT, o Primeira Hora dessa terça-feira (27), a empresa falou em suspensões, reduções e flexibilizações, além de já sugerir novas medidas de redução de custos, sem informar adequadamente o que se trata. O argumento da empresa continua sendo o mesmo, sobre a sustentabilidade, levando ao erro o Poder Judiciário e a sociedade, pela situação dos Correios. A FENTECT repudia a linha política e de mercado que a gestão dos Correios está seguindo.

Novamente vão suspender as férias, o direito ao descanso do trabalhador, que dá o suor o ano inteiro pela estatal, trabalhando, muitas vezes, por três, por falta de concursos e mais empregados na empresa. Foi uma luta garantir o retorno das férias no último ano e, novamente, a empresa lança essa medida.

O projeto teletrabalho e a redução de jornada e salário nada mais são do que a aplicação da reforma trabalhista para os empregados de cargos administrativos. Infelizmente, o Brasil não pôde barrar a aprovação dessa contrarreforma e, agora, os patrões começam a iludir a classe trabalhadora, ao invés de realizar investimentos, a modernização da empresa e valorizar o quadro de funcionários.

A ECT vai pela via da redução de direitos e das condições dignas de trabalho, com a ilusão de suspensões de contrato, por até três anos, sem custos para a empresa e sem garantir a segurança do retorno às atividades.

Ainda, mais uma vez, a ECT vai mudar um capítulo do Manual de Pessoal sem o debate com os trabalhadores, a fim de evitar gastos. Entretanto, enquanto os gerentes não poderão ser substituídos por pessoas que não possuam o mesmo “nível”, a estatal é comandada por agentes políticos e sem qualificação comprovada para tal.

Falta transparência na gestão dos Correios e uma conversa coerente com a classe trabalhadora. A FENTECT alerta os trabalhadores que é preciso tomar cuidado ao aceitar qualquer proposta da empresa ou ao menos acreditar nas informações do Primeira Hora, sem antes solicitar apoio e esclarecimento junto aos representantes da categoria. Este momento na estatal é delicado e a luta contra os ataques não pode cessar até que os Correios retomem a confiabilidade entre os cidadãos brasileiros e os próprios empregados.


Aposentados têm prazo final até 29 de março para recadastramento na Postal Saúde


A FENTECT informa aos aposentados do plano CorreiosSaúde que o prazo para recadastramento na Postal Saúde vai até o dia 29 de março de 2018. Com isso, a operadora vai atualizar os dados cadastrais de cada beneficiário. Esta é a última chamada para aqueles que não enviaram as documentações no prazo da Campanha de Recadastramento de Aposentados, realizada entre os meses de abril de 2016 e dezembro de 2017.

Para que o processo seja realizado com sucesso, o aposentado precisa enviar à Postal Saúde, obrigatoriamente, o Termo de Atualização Cadastral, enviado a cada um e disponível no site da operadora; cópia de comprovante atualizado de recebimento do benefício do INSS; cópia do comprovante atualizado do benefício Postalis (se for o caso), cópia do RG e do CPF.

Destino
O beneficiário deverá enviar os documentos para a caixa postal 9555, CEP: 70.040-976 - Brasília-DF, ou para o e-mail: aposentados.cadastro@postalsaude.com.br; ou, ainda, entregá-los pessoalmente em uma Unidade de Representação Regional (URR) do respectivo estado.

Outros canais estão disponíveis para o aposentado tirar dúvidas, como a Central de Atendimento ao Beneficiário, pelo número: 0800 888 8116, ou, para os beneficiários com deficiência auditiva, no número 0800 888 8117. É possível também procurar a URR mais próxima.

Não perca o prazo, aposentado - A FENTECT, preocupada com toda a categoria e com aqueles que já fizeram a luta, pede a ajuda dos trabalhadores que ainda não gozam da aposentadoria, para que compartilhem a informação com os conhecidos aposentados. É preciso muita atenção à data limite para o recadastramento, para não perder o benefício.

Ressalta-se que o não cumprimento do prazo pelo beneficiário pode causar a suspensão e o cancelamento da assistência médica e odontológica, acarretar responsabilidade administrativa aos empregados ainda na ativa e civil ao aposentado se for anistiado, entre outros problemas.