No veículo de “desinformação” da ECT, o Primeira Hora dessa
terça-feira (27), a empresa falou em suspensões, reduções e
flexibilizações, além de já sugerir novas medidas de redução de custos,
sem informar adequadamente o que se trata. O argumento da empresa
continua sendo o mesmo, sobre a sustentabilidade, levando ao erro o
Poder Judiciário e a sociedade, pela situação dos Correios. A FENTECT
repudia a linha política e de mercado que a gestão dos Correios está
seguindo.
Novamente vão suspender as férias, o direito ao descanso do
trabalhador, que dá o suor o ano inteiro pela estatal, trabalhando,
muitas vezes, por três, por falta de concursos e mais empregados na
empresa. Foi uma luta garantir o retorno das férias no último ano e,
novamente, a empresa lança essa medida.
O projeto teletrabalho e a redução de jornada e salário nada mais são
do que a aplicação da reforma trabalhista para os empregados de cargos
administrativos. Infelizmente, o Brasil não pôde barrar a aprovação
dessa contrarreforma e, agora, os patrões começam a iludir a classe
trabalhadora, ao invés de realizar investimentos, a modernização da
empresa e valorizar o quadro de funcionários.
A ECT vai pela via da redução de direitos e das condições dignas de
trabalho, com a ilusão de suspensões de contrato, por até três anos, sem
custos para a empresa e sem garantir a segurança do retorno às
atividades.
Ainda, mais uma vez, a ECT vai mudar um capítulo do Manual de Pessoal
sem o debate com os trabalhadores, a fim de evitar gastos. Entretanto,
enquanto os gerentes não poderão ser substituídos por pessoas que não
possuam o mesmo “nível”, a estatal é comandada por agentes políticos e
sem qualificação comprovada para tal.
Falta transparência na gestão dos Correios e uma conversa coerente
com a classe trabalhadora. A FENTECT alerta os trabalhadores que é
preciso tomar cuidado ao aceitar qualquer proposta da empresa ou ao
menos acreditar nas informações do Primeira Hora, sem antes solicitar
apoio e esclarecimento junto aos representantes da categoria. Este
momento na estatal é delicado e a luta contra os ataques não pode cessar
até que os Correios retomem a confiabilidade entre os cidadãos
brasileiros e os próprios empregados.
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