Powered By Blogger

Páginas

domingo, maio 27, 2012

Imposto sobre PLR é uma incoerência na Lei, diz especialista


Circula no Palácio do Planalto uma questão polêmica e muito discutida entre os trabalhadores brasileiros: a isenção de Imposto de Renda (IR) sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A reunião que aconteceria na quarta-feira passada, dia 16, entre a presidente Dilma Rousseff e as centrais sindicais para tratar sobre o assunto foi adiada pela segunda vez, mas trabalhadores de todo o país estão na expectativa.

Especialistas em Direito Trabalhista defendem que a isenção do IR é essencial para que o direito dos trabalhadores seja consolidado. Para a advogada Eryka Farias De Negri, a cobrança de imposto sobre a PLR é uma incoerência na Lei. “A PLR não tem natureza salarial, sobre ela não incide encargos previdenciários e as empresas que possuem PLR têm incentivos fiscais. Mas, ainda assim, incide IR sobre o que o trabalhador recebe”, defende.

No campo trabalhista, só há incidência de imposto de renda sobre as parcelas de natureza salarial. Por isso, a advogada acredita que, como a PLR não é salário, e funciona como verdadeira compensação pelo trabalho realizado, é defensável que não incida imposto de renda sobre ela.

Os trabalhadores aguardam a reunião para que se defina o destino da PLR. O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), José Rivaldo da Silva, acredita que se a isenção for aprovada, finalmente a PLR se tornará real. “É importante que os trabalhadores tenham acesso à participação integral nos lucros. Mostra reconhecimento pelo trabalho e respeito pelo empenho dos funcionários”, defende.

A advogada trabalhista explica ainda que os empregadores instituem a PLR exatamente como forma de melhoria da condição social de seus empregados. “A PLR funciona como um estímulo para melhorar a produtividade dos trabalhadores, pois está sempre relacionada com os bons resultados das empresas. É uma recompensa ao comprometimento dos funcionários com a empresa”, alega.


Correios
Em meio à polêmica sobre isenção do IR na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), funcionários dos Correios reivindicam maior valor para o PLR 2011. Mesmo que o lucro da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) tenha sido maior em 2011 em relação aos anos anteriores, a quantia paga aos trabalhadores foi menor.

De acordo com dados da Fentect, o lucro líquido da empresa foi de R$ 883 milhões, em 2011, sendo que R$ 88 milhões foram destinados para o pagamento da PLR 2011. Já em 2010, o valor foi de R$ 875 milhões, mas somente R$ 104 milhões foram repassados aos trabalhadores.

Para o secretário-geral da Federação, José Rivaldo da Silva, a distribuição não seguiu uma proporcionalidade. “Se o lucro da empresa foi maior, significa que os ecetistas produziram mais, se empenharam mais no trabalho. Portanto, deveriam ter maior participação nos lucros. Em vez disso, receberam 12% a menos do que no ano anterior”, afirma. Enquanto no PLR 2010 cada trabalhador recebeu R$ 880, no de 2011 o valor foi de R$ 770.

Rivaldo ressalta ainda que a Federação vai cobrar dos Correios que a parcela do lucro que não foi repassada aos trabalhadores seja investida em melhoria na condição de trabalho. “A empresa tem que se modernizar, mas sem deixar de lado o principal: os funcionários. Eles precisam trabalhar de maneira digna e com segurança”, ressalta.

Mais informações:
Assessoria de Imprensa Fentect - (61) 3263-2500

Um comentário:

  1. Para o tamanho de uma empresa dessas em que trabalhamos, isso é uma vergonha, uma esmola!!!!!!!!!!!!

    ResponderExcluir