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quinta-feira, janeiro 12, 2017

PROPOSTA PATRONAL DE COBRANÇA NO PLANO DE SAÚDE

O argumento da crise cai, mais uma vez, como uma bomba no colo dos (as) trabalhadores (as) dos Correios. O que era previsto, porém sempre refutado, foi posto em prática nesta quinta-feira (5) com a apresentação da ECT sobre Custeio para o Plano de Saúde, na Comissão Paritária de Saúde, com os (as) representantes da categoria, após ter adiado inúmeras vezes o tema. Pela proposta de melhoria para o plano de saúde sugerida pelos Correios, os (as) empregados (as) passam a arcar com 50% das despesas totais do plano, uma mensalidade por dependente e um compartilhamento de 10% a 30% das despesas de cada procedimento.
Além do custeio, para os pais e mães dos (as) trabalhadores (as), a ECT propõe a criação de um plano de saúde específico, com custeio com participação decrescente dos Correios, por dez anos. Ou seja, a empresa financia 90% da mensalidade, inicialmente, reduzindo a participação em 10% ao ano, até a integralidade para os (as) empregados (as), após uma década. Ainda para os genitores, haverá mensalidades com coparticipação de 30% e 10% e acesso à rede diferenciada.

INCOERÊNCIA DA ECT
Mais incoerente ainda com a realidade das bases, a tabela apresentada pela ECT demonstra disparidade nas mensalidades, entre os mais baixos aos mais altos salários. Em porcentagem, que ganha mais, continua com mais, pois vai pagar bem menos para o plano de saúde. Ou seja, quem ganha cerca de R$ 20 mil, arca com apenas 10%, já os que têm rendas mensais de até R$ 2.500,00, pagam 30%. Outra ação arbitrária da empresa.
A ameaça vinha sendo denunciada há tempos pelas representações sindicais. Os representantes dos Correios, conforme entendimento da categoria, têm culpado o plano de saúde dos (as) ecetistas pelos problemas financeiros dos Correios. No entanto, vale destacar que, também durante os estudos da Comissão Paritária de Saúde, ficou esclarecido que os gastos com plano de saúde não alcançaram nem ao menos 10% da receita da empresa, e práticas delituosas da gestão da Postal Saúde contribuíram pela escassez nas reservas financeiras da estatal.

NÃO ACEITAREMOS O FIM DO NOSSO MAIOR BENEFICIO.

Agora, um dos melhores benefícios, entre outros que compensam à categoria, que amarga um dos salários mais baixos no Brasil, pode ser enterrado pela própria ECT. Novamente, a empresa lança o prejuízo ao contracheque dos (as) trabalhadores (as) pelo esvaziamento dos cofres dos Correios. Os resultados da má gestão e a repercussão negativa com a sociedade, tanto pelas dificuldades anunciadas no lado financeiro quanto no atendimento direto à população, recaem sobre aqueles que trabalham incansavelmente pelo desenvolvimento e futuro da ECT.
Mesmo sob o descaso da gestão dos Correios, os (as) ecetistas se esforçam pela manutenção da qualidade dos serviços e do atendimento na empresa. São os (as) empregados (as) menos valorizados que batalham de sol a sol e mesmo com toda insegurança, apostando no potencial e na história que preserva o patrimônio, os Correios no Brasil.
 O nosso Acordo Coletivo é bem claro: queremos propostas de MELHORIAS para o nosso plano de saúde que foi sucateado e não somos os culpados pela implantação e má gestão da postal saúde, portanto, não aceitamos de forma alguma ter que custear com esses valores absurdos propostos pela empresa.
           É HORA DE MOBILIZAÇÃO     
      
Os (as) representantes dos (as) trabalhadores (as) dos Correios alertam que a mobilização - constante para a categoria - deve ser intensificada, para que essa proposta seja rejeitada. A comissão paritária tem como objetivo apenas realizar estudos e apresentar propostas que serão debatidas com os (as) trabalhadores (as) das bases, em assembleias. Portanto, é preciso barrar as cobranças que estão para ser impostas e que ferem indiscriminadamente a qualidade de vida de todos (as), e defender o plano de saúde dos (as) ecetistas.

Estaremos convocando assembleia especifica em outro momento para tratarmos exclusivamente do plano de saúde.

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