O regimento interno do 34º Conselho de Representantes da FENTECT foi
aprovado nesta manhã (13). Ainda na pauta do segundo dia, os delegados e
observadores receberam para apresentar denúncia o representante da Liga
dos Camponeses Pobres, José da Fonseca (Pelé), que falou sobre o
massacre no Estado do Pará, em maio deste ano.
Foi apresentado o documentário "Terra e Sangue: bastidores do
massacre de Pau D'Arco", sobre o assassinato de trabalhadores na região.
Executados por policiais militares da localidade, as vítimas deixaram
esposas, filhos e pais sozinhos, a própria sorte, também sobrevivendo
sob ameaças.
Os participantes do Conrep foram convidados a compartilhar o
documentário, para denunciar mais um ato de violência contra
trabalhadores pobres do país e o risco que todos os demais correm, de
modo geral. "A polícia já chegou atirando, não deram voz de prisão.
Ainda saíram rindo depois da chacina", desabafou a viúva de umas das
vítimas.
Análise de Conjuntura
Durante a análise de conjuntura nacional e internacional, lideranças sindicais destacaram o avanço da direita em todo o mundo, que tem colocado em risco, cada dia mais, os direitos da classe trabalhadora. No Brasil, o golpe vem disfarçado de reformas aprovadas no Congresso Nacional, mas também pela mídia, que gera a falsa concepção de democracia e poder nas massas.
Durante a análise de conjuntura nacional e internacional, lideranças sindicais destacaram o avanço da direita em todo o mundo, que tem colocado em risco, cada dia mais, os direitos da classe trabalhadora. No Brasil, o golpe vem disfarçado de reformas aprovadas no Congresso Nacional, mas também pela mídia, que gera a falsa concepção de democracia e poder nas massas.
Nos Correios, a luta é redobrada, já que será a primeira categoria a
negociar após a aprovação da reforma trabalhista. É preciso encarar a
tesoura da ECT, que promete cortes de direitos, como os já promovidos
nos últimos anos, e intensificados este ano, com o fim das férias,
mensalidade no plano de saúde, cobranças indevidas por corrupções
externas nos benefícios dos trabalhadores, implantação de sistemas que
extinguem funções, entre várias dificuldades.
Com isso, o Conrep tem como função esclarecer os representantes e,
consequentemente, as bases, para que não desistam da luta, mesmo sob
aprovação da reforma trabalhista. Há ainda muito trabalho pela frente e é
preciso batalhar contra as imposições midiáticas, que têm tentado
destruir a esquerda e a luta sindical, deturpando as bandeiras dos
trabalhadores.
Somente com a união e a reação de toda categoria é possível barrar as
perdas e garantir vitórias à categoria; lutar contra a privatização dos
Correios, as mensalidades e descontos impostos, o aumento da
terceirização e a falta de concursos públicos, bem como a desvalorização
dos empregados que compõem o quadro atual da empresa.
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