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quinta-feira, abril 27, 2017

Em nova audiência, deputados e representantes reforçam o não à privatização dos Correios


Há pouco menos de uma semana da data marcada para a greve geral - 26 de abril, a partir das 22 horas -, representantes dos sindicatos filiados à FENTECT e os diretores da federação participaram de mais uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta quinta-feira (20). Na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, as representações falaram sobre a real situação que a ECT está impondo aos trabalhadores, com discurso de déficit e mudanças nos Correios.

Para rebater as declarações negativas à mídia, do presidente dos Correios, Guilherme Campos, o secretário-geral da FENTECT, José Rivaldo da Silva, questionou: "quem vai apostar numa empresa a qual o próprio presidente diz que é inviável?"

Ele ainda destacou o interesse dos trabalhadores em defender os Correios e participar das decisões pelo futuro da empresa. Para o secretário-geral, é importante aproveitar o momento de discussões no País para falar sobre o verdadeiro papel dos Correios de integrar o Estado e as pessoas e completou afirmando que a categoria "não vai aceitar, em hipótese nenhuma, as decisões impostas de cortes de direitos dos servidores".


Suspensão das suspensões
Os representantes dos trabalhadores pediram durante a audiência que seja revista a decisão pela suspensão das férias dos ecetistas, bem como o fechamento das agências no Brasil, desde as comunidades menores às maiores. Outra sugestão da classe de trabalhadores é a fidelização na prestação de serviços com o governo federal para a logística dos programas e atividades dos órgãos públicos, como alternativa para manutenção da credibilidade da empresa.


Gastos desnecessários
Vale destacar o repasse à União de valores acima dos 25% previstos. Foram R$ 6 bilhões e, agora, o governo federal se recusa a devolver R$ 4 bilhões, alegando não ter condições financeiras. Além disso, do ponto de vista contábil, os Correios falham nos dados do pós-emprego.

Os representantes dos trabalhadores relembraram ainda o destrato de R$ 2,3 bilhões do Banco Postal, com o Banco do Brasil, e os investimento de R$ 300 milhões em patrocínios nas Olimpíadas. Foi destacado, também, o investimento na CorreiosPar, apenas para "cabides de emprego" e gastos constantes com diversas consultorias, sem licitação e sem solução para os problemas dos Correios.


Ao enfrentamento
O secretário-geral da FENTECT enfatizou que é importante deixar claro para a população a vontade dos trabalhadores em prestar, sim, os melhores serviços e reforçou o anúncio do indicativo de greve. "Aos trabalhadores é importante dizer que é preciso acordar porque, se não, vão retirar nossos direitos e não teremos empresa para trabalhar. Vai ter mobilização sim e vamos para o enfrentamento barrar o governo, que quer retirar os nossos direitos. Este é o momento para rebater os ataques e dialogar com a sociedade sobre a situação dos Correios", declarou José Rivaldo.

FENTECT

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