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segunda-feira, junho 26, 2017

Participantes do Postalis não aceitam mais um golpe


Após diversas denúncias sobre os maus investimentos, a má administração do patrimônio e várias operações da Polícia Federal, o Postalis perdeu credibilidade entre os participantes, principalmente agora que eles terão que arcar com o rombo do fundo de pensão. Mesmo com a contrariedade dos conselheiros eleitos, a contribuição extraordinária foi aprovada, com o voto minerva do Postalis. Para os participantes do antigo plano, o BD, os ativos arcam com uma contribuição de quase 18%, e a situação é gritante para os aposentados, que perdem 30% do benefício.

Para resgatar o patrimônio e a credibilidade do instituto, as representações dos trabalhadores e os conselheiros eleitos têm lutado para colocar tudo nos trilhos e salvaguardar o direito dos participantes de ter uma aposentadoria garantida.

Entre as medidas alcançadas estão as alterações no estatuto da entidade, que garante a atuação dos participantes na diretoria dos Postalis e, dessa maneira, põe fim às indicações políticas. Antes, todas dos Correios, o que não proporcionava uma gestão compartilhada.

Além das medidas a fim de fechar a sangria nos gastos, recentemente, a FENTECT foi representada pelo secretário geral, José Rivaldo da Silva, em Washington (EUA), para cobrar providências contra o Banco BNY Mellon, um dos responsáveis pelas perdas no Postalis, entre outras ações políticas, administrativas e judiciais, para manter a lisura e a saúde financeira do fundo de pensão.

Anulação da eleição
Apesar da abertura do pleito para renovação dos quadros, há algumas semanas, os participantes e candidatos tiveram a surpresa da anulação do processo. Logo, fica a pergunta: “a quem interessa anular a eleição e onde fica o respeito aos participantes?”

Não bastasse a confusão, a representação do Postalis comunicou que as senhas não serão enviadas impressas aos participantes, somente via SMS - mensagem por celular. A FENTECT protestou, pois isso prejudica o andamento da votação. Cabe destacar que grande parte dos participantes não está motivada. Fato constatado pela baixa adesão nas votações anteriores. Essas alterações inviabilizam ainda mais o sucesso do pleito.

Com a sobrecarga de trabalho, muitos não têm sequer tempo disponível ou computadores acessíveis para fazer o cadastramento junto ao Postalis e, assim, exercer o direito de votar. Além disso, conforme estudo divulgado pela revista britânica The Economist (2017), uma parcela de 70,5 milhões de brasileiros ainda não tem acesso ao mundo virtual. Inclusive, é antiga a solicitação para que as eleições sejam realizadas em cada unidade de Correios, a fim de obter maior participação e lisura do pleito, já que a votação eletrônica tem recebido críticas.

Destaca-se que a categoria defende a empresa de Correios pública, de qualidade e sustentável. Também, com o cancelamento do envio de senhas impressas pela própria estatal, o Postalis, entidade extremamente ligada aos Correios, boicota o serviço postal brasileiro. Dessa maneira, a FENTECT reafirma a necessidade do envio das senhas impressas aos participantes pela empresa, para facilitar a participação no processo. Aos participantes, fica a orientação para que acompanhem a eleição e não aceitem a supressão dos direitos.

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