Fonte (com adaptações da FENTECT): UOL
Os
trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
rejeitaram, em assembleias realizadas na noite desta segunda-feira (10),
a proposta de reajuste salarial de 5,2%, mas adiaram para a próxima
semana a decisão sobre o início de uma greve da categoria por tempo
indeterminado. Apenas os sindicatos do Pará e de Minas Gerais decretaram
a greve por tempo indeterminado. Já o sindicato do Mato Grosso, também
havia decretado greve, mas os trabalhadores recuaram da decisão.
Um
balanço parcial aponta que a maioria dos sindicatos agendou a
realização de novas assembleias no próximo dia 18 para deliberar sobre
uma possível paralisação a partir do dia 19.
"A
maioria dos sindicatos está de fato jogando as assembleias de
deflagração de greve para a próxima semana, na expectativa de que a
direção dos Correios melhore a sua proposta", disse James Magalhães de
Azevedo, secretário de Imprensa da Fentect, em entrevista à Agência
Brasil. "Estamos costurando a realização, nos próximos dias, de um
encontro nacional com todos os sindicatos para definir um calendário
único de mobilização."
Dos
35 sindicatos da categoria, 16 fizeram assembleias hoje. Sete reúnem os
trabalhadores nesta terça-feira (11). Maior empresa empregadora no
regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os Correios têm cerca
de 115 mil funcionários. "As
assembleias foram tensas, boa parte da categoria desejava uma greve
imediata", disse o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos
Correios do Paraná (Sintcom-PR), Luiz Antonio de Souza. "Mas precisamos
agir com responsabilidade, a greve precisa ser efetivamente nacional, e
não apenas localizada."
Os
trabalhadores reivindicam 43,7% de reajuste (que equivale as perdas
salariais do plano real + aumento real de salário + inflação), R$ 200 de
aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil. O salário-base inicial de
carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo é
R$ 942. Na última quarta-feira (5), os Correios elevaram de 3% para
5,2% a sua proposta de reajuste salarial.
O
Comando de negociação da Fentect vem questionando a direção dos
Correios quais seriam as alterações pretendidas no plano de saúde da
categoria, mas a explicação não é específica,apenas genérica. Os
sindicatos e os trabalhadores não aceitam nenhuma mudança,
principalmente porque esta tentativa de ataque é antiga e já foi
refutado por todos. Agora, o ataque é indireto, o que torna um cheque em
branco para ser usado contra os trabalhadores pela Direção dos Correios
e o Governo Federal. "O benefício do plano de saúde foi conquistado com
muita luta e os trabalhadores dos Correios não aceitarão qualquer
mudança", afirmou o Dirigente da Fentect.
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