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quarta-feira, julho 29, 2015

ECT oficializa reestruturação da empresa, com foco no mercado e no lucro

Com um discurso voltado para o mercado e as novas relações de negócios para a ECT, o presidente da empresa, Wagner Pinheiros, apresentou a reestruturação dos Correios, nesta terça-feira, dia 15 de julho. O evento contou, ainda, com a presença do ministro das comunicações, Ricardo Berzoini, o diretor-presidente da Correiospar, Jorge Luiz Gouvêa, os empossados vice-presidentes e parlamentares, como o senador Paulo Rocha (PT-PA) e os deputados federais, Leonardo Monteiro (PT-MG), Vincentinho (PT-SP), Érika Kokay (PT-DF), Daniel Almeida (PCdoB-BA).
Segundo a fala de Pinheiros, a prioridade com as mudanças tende a privilegiar a relação com o cliente, ampliar a atuação dos Correios, para que a instituição seja ponto de atendimento para levar ações do governo federal. O presidente da ECT explicou, na oportunidade, que haverá quatro unidades de negócios, como a Postal, Encomendas, Rede e Varejo e Logística, além das unidades estratégicas-meio, como as de Finanças e Controle, Gestão de Pessoas, Corporativa e de Serviços.
Em única menção aos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, Wagner Pinheiro ressaltou o momento como ideal para dar respostas às necessidades da categoria, a fim de melhorar os serviços prestados à população. Ele alegou que, a partir de agora, as diretorias regionais voltam a se relacionar com a presidência da empresa e a classe tem função estratégica na homogeneização e ordenação das atividades, para que a palavra dada seja somente uma.
Berzoini lembrou que a perspectiva das comunicações alterou todo o modelo de negócios no mundo, mas destacou que a ECT tem como prerrogativa o caráter de empresa pública e “é necessário espantar o “fantasma” da privatização, da década de 1990”. Ainda afirmou que o espaço democrático para debate com os trabalhadores é essencial e é necessária a participação da categoria não apenas formal, mas ativa. “Ao contrário de promover inseguranças e insatisfações, que possamos ter engajamento e participação de todas as trabalhadoras e trabalhadores no novo processo dos Correios do Brasil”, finalizou.
De acordo com o ministro, a intenção da reestruturação dos Correios é mesclar sociedades experientes e com formação suficiente para ajudar a empresa a obter facilidade a custos razoáveis.
Na prática

Nessa segunda-feira, dia 14 de julho, no entanto, a direção da empresa se reuniu com representantes da FENTECT para dar início às negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2015/16). Na ocasião, foi apresentada a nova estrutura lançada pela empresa, com a reorganização das diretorias.

Ficou vago para a federação onde os trabalhadores se encaixam nas novas medidas, qual será o verdadeiro papel e as possíveis mudanças e prejuízos para toda a classe. Os representantes relembraram à direção da ECT que todo o processo foi realizado sem consulta prévia à categoria, além do novo modelo não prever, por exemplo, mais contratações, para minimizar a sobrecarga de trabalho.
As representações sindicais repudiam também o modelo de contratação proposto pela CorreiosPar, que apresenta foco em contratações temporárias e amplia as perspectivas de terceirização na empresa.

FONTE: FENTECT

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