Powered By Blogger

Páginas

quarta-feira, julho 29, 2015

PLR

A Distribuição da PLR, pelos Correios, não faz justiça ao trabalhador

Enquanto a categoria anseia por direitos, a empresa finge que não vê e ganha destaque na mídia como rentável ao País
Desde a implementação da lei que obriga as empresas a distribuírem parte de seus lucros com os trabalhadores, nos Correios, todos os anos, é travada uma luta para que o direito da categoria seja cumprido. Embora, anualmente, a arrecadação e os lucros da ECT sejam cada vez maiores, a distribuição da PLR tem diminuído.
Para agravar a situação, há discrepância nos valores distribuídos entre o alto escalão da empresa e a base dos trabalhadores – chegou a R$ 200,00 para a base e R$ 44 mil para os executivos. Mesmo a diferenciação tendo sido reduzida com as longas negociações, grande parte dos ecetistas não está satisfeita e o sentimento é de injustiça.
Com o fechamento das contas da ECT, em 2014, o valor oficial a ser distribuído entre a classe não foi divulgado com exatidão pela empresa. No início do ano de 2015, a empresa anunciou balanço favorável. Por isso, é inaceitável aos trabalhadores a possibilidade do não recebimento da participação do ano anterior, enquanto a mídia divulga os grandes avanços econômicos da ECT.
Para a FENTECT está claro que é necessário repensar a ótica de pagamento da PLR e considerar a distribuição com base nos resultados, não somente nos lucros. A falta de um percentual garantido a título de participação tem sido um dos problemas enfrentados pelo movimento sindical para a negociação. A empresa trabalha com a base de lucro líquido a ser distribuído e não o lucro bruto, o que acarreta, caso não haja lucro líquido, a negação quanto ao pagamento da PLR à categoria.
Para sanar o problema, sugere-se a garantia da porcentagem fixa da arrecadação da ECT a título do benefício. Vale ressaltar que, apesar do lucro líquido inferior em relação aos anos anteriores – em torno de R$ 10 milhões – a ECT é destaque nacional, como a 7ª empresa que mais criou riquezas para o Brasil, conforme a Revista Exame 2015.
Destaca-se, ainda, que o resultado positivo da empresa foi obtido às custas da sobrecarga de trabalho dos ecetistas, que sofrem com o déficit de funcionários, aprofundado pela falta de concurso público e vários incentivos de demissão – Plano de Desligamento Incentivado (PDIA) -, de cerca de 7 mil empregados, além das péssimas condições de trabalho e assédio moral pelos gestores.
Por isso, a nova direção da FENTECT, que assumiu no dia 01 de julho, direciona seus trabalhos a fim de reabrir o debate e sanar os problemas sobre o pagamento da PLR 2013. O objetivo é garantir o respeito à isonomia entre os sindicatos e que sejam pagos os valores complementares referentes àquele ano, bem como rediscutir a PLR 2014 e 2015, com base nos resultados empresa. “É uma questão de justiça e valorização dos empregados, que precisa ser repensada”, afirma a secretária de imprensa da FENTECT, Suzy Cristiny da Costa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário