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segunda-feira, agosto 10, 2015

ASSÉDIO É CRIME.

Assédio configura crime e trabalhadores exigem punição e prevenção.



Assédio Moral e Sexual estão entre os grandes empecilhos para a boa produtividade no trabalho, atualmente. No Brasil, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 42% da população já sofreu alguma forma de assédio moral. De acordo com dados do Tribunal Superior do Trabalho, na casa, tramitam cerca de 2,4 mil processos envolvendo assédio moral e 81 sobre assédio sexual. O problema não é diferente nos Correios. Para os trabalhadores, talvez seja pior que nas demais empresas. Reivindicações por punições para esses casos fizeram parte da pauta da negociação do ACT 2015/16, desta quinta-feira (23), com representantes da categoria e a direção da ECT.

Entre os problemas destacados, a representação dos trabalhadores denunciou casos de assédio sexual às trabalhadoras dos Correios, considerado crime por um dos diretores da ECT, que ainda aconselhou uma denúncia formal contra os responsáveis. Outro destaque foi para casos em que os empregados afastados, ao retornar ao trabalho, são encaminhados para unidades ou setores de trabalho diferentes, além dos problemas gerados pela exigência da Classificação Internacional das Doenças (CID) nos atestados médicos, considerada contra a lei, e até mesmo a proibição do uso de materiais próprios dos trabalhadores, como celulares, nas unidades, com a vigilância constante.

Para tentar conter o número de assédios nos Correios, foi sugerida a criação de uma comissão paritária, com o movimento sindical. Os representantes dos trabalhadores acreditam que se providências jurídicas não forem tomadas, o crime permanecerá corriqueiro nos locais de trabalho. A direção da empresa concordou com a criação da comissão e sugeriu um prazo para dois meses após as reuniões do Acordo Coletivo, período negociável. No entanto, discordaram da participação da entidade sindical no acompanhamento mais próximo dos casos, a não ser que seja uma opção da vítima, devido ao constrangimento.

"A ECT tem a grande missão de mudar todas as ferramentas, como os manuais da empresa, criados sem a participação dos trabalhadores, pelos gestores que cometem o assédio", destacou o secretário-geral da FENTECT, José Rivaldo. Para o secretário, o resultado do trabalho nos Correios tem sido obtido às custas do assédio moral e ressaltou que, ou a empresa cria estratégias para melhorar a situação ou a categoria vai continuar denunciando.

A direção da ECT alegou que os manuais não fazem parte das propostas apresentadas pelos trabalhadores e que algumas questões levantadas pela categoria não estão na alçada dos presentes na mesa de negociação, mas que serão encaminhadas às instâncias responsáveis. Porém, a representação dos ecetistas solicitou registro em ata do descontentamento dos trabalhadores pela ausência de pessoas responsáveis por repassar as resoluções para o tema. Negaram, também, a proposta da categoria de demissão por justa causa, nesses casos, e alegaram generalização na pauta.

Os representantes da categoria exigem mais humanismo nas relações de trabalho e que os administradores ajam com senso de responsabilidade em relação à vida de cada trabalhador. Que sejam oferecidas palestras e programas voltados à classe e não aos gestores, bem como assistência gratuita aos assediados, sem compartilhamento do empregado e da empregada. 

Fonte FENTECT

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