Conforme a cláusula 81 do Acordo Coletivo 2016/2017, assinado em 20
de setembro de 2016 pela direção da ECT e pelas federações, a vigência
do mesmo foi de 1 de agosto de 2016 a 31 de julho de 2017.
Estamos agora em plena negociação do novo Acordo, sendo que após o
protocolo da proposta da FENTECT nada de prático foi encaminhado pela
empresa no sentido de negociar as cláusulas do novo acordo.
O que temos visto é uma manobra da empresa no TST, para enrolar a
negociação, ao mesmo tempo que o presidente Guilherme Campos vai para a
imprensa nacional denunciar os “privilégios” dos trabalhadores dos
Correios, que ganham justamente os mais baixos salários do funcionalismo
federal.
No dia 23 de agosto o Comando Nacional de Mobilização e Negociação da
Campanha Salarial esteve reunido na sede da FENTECT, debatendo a atual
situação de caos instaurado pela Empresa juntamente com a “proposta” do
Ministro do TST.
A negociação que deveria ter começado no dia 08 de agosto, conforme
acordado entre as partes, foi cancelada de forma unilateral pela direção
da ECT o que prejudicou o seu início.
No dia 22 de agosto a categoria recebeu mais um golpe na tentativa de
impedir que os trabalhadores pudessem começar as negociações coletivas
da Campanha Salarial. A “proposta” apresentada pelo Ministro do TST
inviabiliza todas as possibilidades de mobilização dos trabalhadores
(greve/paralisações), independente dos ataques que a ECT venha a
realizar. Além do mais prorroga o Acordo Coletivo vigente até 31 de
dezembro impossibilitando as negociações da Campanha Salarial e
colocando o debate do Acordo Coletivo de trabalho já dentro da vigência
da reforma trabalhista onde todo tipo de atrocidade será permitida para
que os patrões destruam os direitos trabalhistas e precarizem ainda mais
as relações de trabalho.
Repudiamos a atitude de tentar “terceirizar” as negociações para o
TST, e também as mentiras veiculadas pela ECT em seu informativo
“Primeira Hora” (22/08/2017), tentando desqualificar a única Federação
com poder legal de representar os trabalhadores nacionalmente (FENTECT).
Os sindicatos e a FENTECT estão dispostos para iniciar as reuniões
com a ECT o mais rápido possível para que a categoria não seja ainda
mais prejudicada, mas não aceitaremos imposição unilateral da empresa
com retirada de direitos e sem garantia de reposição salarial.
Tendo em vista a situação criada pela direção da ECT a federação
orienta para que as assembleias rejeitem a proposta do ministro do TST.
Queremos a imediata abertura das negociações pois o prazo do acordo já
está vencido. Não às manobras de Guilherme Campos.
FENTECT
Nenhum comentário:
Postar um comentário