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quinta-feira, agosto 18, 2016

DINHEIRO EM CAIXA DOS CORREIOS SOME E EMPRESA RECORRE AOS GRANDES BANCOS

ECT pede R$ 6 bilhões ao Tesouro Nacional e R$ 750 milhões ao Banco do Brasil para honrar com compromissos

O estudo da H&J Consultores Independentes, realizado em parceria com a FENTECT e apresentado pelo consultor Hálisson Tenório – repercutido no âmbito da empresa e da mídia -, já informava: “a ECT, em 2012, contava com a reserva técnica de R$ 6 bilhões. Três anos depois, porém, foi descoberto um número inferior, de apenas R$ 1 bilhão.” Para piorar a situação, de acordo com Hálisson, os dados não constam no balanço da empresa.

Por isso, ele afirma que, para a categoria, é clara a manobra contábil para indicar que os Correios também estão em crise. Agora, com o argumento do déficit, a empresa recorre aos grandes bancos e a empréstimos. O novo presidente da ECT, Guilherme Campos, vai ao Tesouro Nacional buscar justamente esse valor da reserva de quatro anos atrás, os R$ 6 bilhões, para injetar nos Correios. Segundo ele – ao Estadão – “o valor foi calculado com base no montante que a companhia repassou à sua controladora, a União, nos últimos anos, além do mínimo exigido.” O representante da empresa confirma que o dinheiro retirado, independente de quem o fez, foi “além da capacidade de sobrevivência da empresa”. 

Quanto aos salários dos cerca de 120 mil empregados, nos últimos meses ameaçados de não serem pagos, a empresa deve recorrer a empréstimo no segundo semestre para “honrar os compromissos”, bem como com encomendas de fornecedores. O Banco do Brasil será o alvo do pedido de R$ 750 milhões já aprovado pela diretoria executiva e pelo conselho de administração da ECT, Porém, o financiamento precisa da autorização do Ministério das Comunicações e Planejamento. Guilherme Campos destacou à imprensa que “está no meio de um incêndio”.


De acordo com o jornal Valor Econômico, essa alternativa é vista como uma das únicas possíveis para evitar o esvaziamento absoluto do caixa. Além disso, o empréstimo será pago em cinco anos – já a operação deverá ter 12 meses de carência. “Durante esse período, os Correios vão desembolsar apenas as despesas com juros. O pagamento do saldo começa no 13º mês. A operação será garantida por recebíveis da estatal, que já usa uma conta no BB para receber pelos serviços postais prestados a cerca de 100 mil clientes em todo o país”, ressalta a matéria. 

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