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quarta-feira, agosto 24, 2016

Saúde, qualidade de vida e trabalho para a mulher ecetistas são focos em reunião


"Exames periódicos não compõem a grade porque não são inerentes aos riscos ocupacionais/funções dos ecetistas." Uma das primeiras afirmações para a reunião desta terça-feira (23) sobre as questões das mulheres. De antemão, o Comando de Negociação da FENTECT deixou clara a contrariedade a não liberação da empresa da Comissão de Mulheres, justamente as mais interessadas no debate.
"Somos prejudicadas desde a entrada na empresa por concurso público, com testes físicos extenuantes, que comprometem a contratação do sexo feminino nos Correios, o resultado é visto na mesa de negociação. A ECT precisa ver a mulher como profissional e não apenas uma barriga", ressaltou a diretora da FENTECT, Amanda Corsino. Por isso, a secretária de Imprensa Suzy Cristiny da Costa solicitou à representação da empresa dados totais de mulheres em cargos na ECT e quantas exatamente recebem benefícios e auxílios. "O impacto das reivindicações das trabalhadoras é mínimo, logo, o custo dos Correios com as mulheres baixo", lembrou.
Para o comando, ações que deixam de lado a situação das empregadas precisam ser revistas. "Práticas de combate ao sexismo não atingem a área operacional e, quando realizadas, são apenas na área administrativa", destacou Márcia Portes, diretora da FENTECT.
Ainda durante as alegações, o departamento de saúde da empresa destacou, sobre os periódicos, que para serem realizados o médico do trabalho dos Correios deverár solicitar. "A empresa está trabalhando com prioridades", disseram. Também sobre os uniformes, os incontáveis testes parecem estar em andamento nos CDDs. Conforme o departamento, foram enviados novos uniformes para avaliação de um pequeno grupo. Segundo eles, uma consultoria técnica vai determinar o design, tecido e outras especificidades. Mas o problema todo para colocar em prática está no orçamento.
Para o Comando é necessário sair do padrão, por isso, não há concordância com a empresa em manter as cláusulas do antigo acordo. Os médicos não realizam avaliações físicas nos empregados da empresa e esse periódico que afirmam ainda não garante a prevenção da saúde dos trabalhadores (as) dos Correios, bem como não há qualidade técnica muito menos estilos nos uniformes dos ecetistas.
Foi enfatizado pela secretária de Mulheres da FENTECT, Lucila Pereira Correia, a necessidade do reconhecimento da licença-maternidade para o cuidado com as crianças e também da inclusão obrigatória de exames que identifiquem, previamente, diversas doenças que afetam as companheiras, nos exames períódicos. "Os médicos não fazem avaliação física do trabalhador. Esse periódico, então, não garante a prevenção da saúde. Qual parâmetro o médico do trabalho utiliza para dizer se são necessários ou não exames mais apurados", questionou.
Além dessas, outras críticas e denúncias foram realizadas, como em relação aos auxílios reembolso creche e babá cortados ao ser solicitada a extensão do benefício licença-maternidade. O reembolso, embora parte do debate das questões econômica, não deixou de ser citado. "É necessário o reajuste dos valores e a ampliação para os dependentes dos homens também e, principalmente, desburocratizar o acesso ao benefício", denunciou Maria da Penha, representante do Estado do Espírito Santo.


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