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terça-feira, maio 16, 2017

Representantes são recebidos novamente na Câmara para debater sobre os Correios

Mais uma audiência pública foi realizada nesta quinta-feira (11), na Comissão de Legislação Participativa, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Entidades representativas da categoria e o presidente da ECT, Guilherme Campos, foram convidados para falar sobre a situação dos Correios no Brasil. O debate resultou do requerimento nº 106/16, do coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Correios, deputado federal Leonardo Monteiro.

Como observação, o deputado resssaltou no documento que a alegação de não rentabilidade da empresa é incoerente, pois o serviço postal em todo o mundo é estatal e entendido como um direito ao cidadão. Afirmação confirmada pelo secretário-geral da FENTECT, José Rivaldo da Silva, que destacou o interesse dos trabalhadores em manterem o patrimônio nacional. "Embora o presidente dos Correios diga que não quer privatizar a empresa, percebemos o interesse em reduzir a atuação no Brasil. Nós, no entanto, queremos que continue pública, prestando serviços à sociedade. Há mais de 15 anos a ECT não apresenta novos serviços", lembrou.

Max Leno, diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), levou para audiência alguns dados importantes sobre a estatal. Por exemplo, de acordo com a análise da instituição, entre os anos de 2011 e 2016, a despesa e a receita totais dos Correios cresceram 53,5% e 32,8%, respectivamente. Além disso, houve redução no número de empregados, que em 2013 alcançava 125 mil e, atualmente, conta com apenas 117 mil trabalhadores. "A empresa de Correios não é uma ilha de prejuízos. É fundamental que dados mais atuais da empresa possam ser disponibilizados, com o propósito de trazer luz à sociedade, tendo em vista que os últimos são de 2015", esclareceu.

O secretário-geral da federação salientou que, com o Plano de Demissão Incentivada, que está sendo pensado pela ECT, o número de funcionários tende a cair ainda mais, para cerca de 112 mil. Segundo José Rivaldo, outro fator prejudicial aos cidadãos é o DDA, com a entrega alternada. "Poderíamos ter ainda mais monopólio caso as correspondências não chegassem atrasadas e contássemos com mais trabalhadores nos Correios", pontuou.

Demais representantes dos ecetistas, presentes na audiência, aproveitaram a oportunidade para destacar o trabalho dos carteiros, atendentes e OTTs, que sofrem diariamente com as más condições e os perigos da profissão. Destacaram que é preciso haver interesse do governo federal e da empresa em discutir as soluções e, assim, poderão contar com a ajuda e a disponibilidade dos próprios empregados. Mas, para isso, é importante que os trabalhadores façam parte do processo de gestão, sendo chamados ao debate sobre as possíveis transformações e valorizados nas propostas da ECT.



Comissão geral
Está marcada para o dia 30 de maio, às 9 horas, uma comissão geral na Câmara, quando diversos parlamentares poderão participar e também debater situação da ECT. "Há um clima e vontade para isso. É necessária ação conjunta para viabilizar a estatal, que está presente em todos os cantos do país, inclusive em locais onde outras empresas não se fazem presentes, com serviços bancários e postais", frisou o deputado federal Leonardo Monteiro.

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