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terça-feira, setembro 13, 2011

ATENDENTES AGORA É NOSSA VEZ



Quem trabalhou na chefia das agências da ECT no início dos anos 90 pode presenciar um ciclo de escravidão jamais aplicado a um servidor público (empregados para a ECT). Para começar, foram os únicos servidores públicos lesados pelas URPs, planos Collor e Bresser, nada recebendo até hoje.
 Em seguida viraram empregados não remunerados do INSS, quando naquela época os pequenos postos fecharam e foi parar nas nossas agências, onde fizeram o que nenhum servidor do INSS fazia sozinho, desde entrevistas, concessões de benefícios e até perícias médicas, o que não era de nossa competência.
 Em seguida passaram a pagar benefícios sociais como vale-gás e bolsa renda, nas pequenas agências apenas um funcionário para atender milhares de beneficiados. Em 2002 veio o Banco Postal, uma mini-agência do Bradesco, onde fazem o trabalho de escriturário, caixa e subgerente, além da sobrecarga de trabalho já existente dos Correios. Com isso virarão verdadeiras máquinas humanas fazendo o que nenhum funcionário do Bradesco faz sozinho, até trabalho de segurança, já que a maioria das agências não tem, colocando assim a vida em risco e para piorar situação substituíram as REOPs pelas REVENs e parte do trabalho caiu em nossas costas, completando assim a escravidão.
 Para piorar ainda, temos um sistema operacional ruim e com equipamentos jurássicos que nos causa insegurança e lentidão nas operações. Não é raro encontrar pelo Brasil colegas que tenham pagado o equivalente a um carro zerinho para trabalhar nesses quase 10 anos de BP. Prometeram remuneração singular para nós e até hoje só enrolação. Agora com tanta carga de trabalho, chegamos ao limite e o stress está tomando conta de nós. Não agüentamos mais tantas cobranças, e se continuar assim ficaremos loucos antes de nos aposentar. 
 A nossa data-base se aproximando e ao exemplo de nossos carteiros vamos à luta. Vamos lutar pela nossa equiparação a bancários, pois exercemos mais de 60% de nosso tempo de trabalho prestando serviço de banco. Vamos também lutar por condições dignas de trabalho, sistema operacional mais moderno e pela nossa segurança. Já estamos bem representados nos sindicatos e vamos participar ativamente das assembléias e fazermos a mesma greve que os bancários fazem: fechar as agências e colocar faixas e aqueles que exercem cargo de confiança cumpram o horário trancado dentro das agências fazendo apena serviços internos.  Vamos reagir para não continuarmos escravos. Agora e a nossa vez VAMOS PARAR!



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