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quarta-feira, setembro 28, 2011

Comando mantém greve dos Correios e convoca manifesto nacional para próxima semana.

Depois de uma segunda reunião no Ministério Público do Trabalho, realizada na tarde desta quarta-feira (28), em Brasília, a primeira foi na última terça-feira, nenhum avanço foi feito nas negociações entre empregados em greve e a direção dos Correios. A falta de uma contraproposta formal e a manutenção do desconto dos dias parados só fortaleceu a posição da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) em manter a paralisação por tempo indeterminado. Os trabalhadores ainda prometem para a próxima terça-feira, dia 4, uma mobilização nacional para trazer caravanas a Brasília numa manifestação pública. Bancários e Centrais Sindicais podem participar da mobilização.
Na reunião de conciliação, presidida pelo procurador regional Ricardo José de Britto Pereira, o mediador levou aos representantes da empresa, a proposta de compensação dos dias parados dos grevistas para o prosseguimento das discussões referentes às cláusulas econômicas. Porém não houve acerto e a reunião terminou como começou.
Os trabalhadores reclamam da falta de sensibilidade dos representantes das ECT, que não vem mostrando interesse no diálogo. “A empresa é a estatal que paga os piores salários, seja para os cargos de nível básico, técnico ou mesmo superior. Em conjunto com os baixos salários, a categoria tem sofrido com a falta de funcionários. Desde 2009 a ECT não realiza contratações. Existe uma carência de aproximadamente 30 mil funcionários” explica o secretário geral da Fentect, José Rivaldo da Silva. Segundo ele, além da falta de funcionários ainda existem cerca de 10 mil que estão afastados das suas atividades por problemas de saúde.
 “A sobrecarga de trabalho só vem aumentando, mas ninguém quer discutir com a categoria. Todo mundo percebe que houve uma piora no atendimento e nos serviços postais, mas a direção da ECT não esclarece que isso é a conseqüência da falta de pessoal e também dos baixos salários. O piso salarial dos correios é de R$ 807,00. “Estamos mais revoltados porque o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo e o presidente da ECT, Wagner Pinheiro desrespeitaram a categoria ao dizer que os grevistas estão de “férias”, admite o dirigente.
Segundo José Rivaldo, o comando de greve não vai mais aceitar o discurso de que as negociações só irão retornar com a volta ao trabalho. “No salário de setembro os descontos dos dias parados já serão efetivados. Mas mantemos nossa luta. Ainda assim vários sindicatos como os do Rio Grande do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Bahia, Ribeirão Preto, Campinas, Mato Grosso do Sul e Juiz de Fora conseguiram liminares na justiça impedindo que a ECT desconte os dias parados.

 Assessoria de Imprensa da Fentect

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