Greve dos Correios será decidida na Justiça na terça
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) vai decidir, na próxima
terça-feira, se a greve dos funcionários da Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos (ECT) é abusiva e, portanto, deverá ser suspensa.
Nesta sexta, representantes dos Correios e da Federação Nacional dos
Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect)
participaram de mais uma audiência intermediada pelo TST. Não houve
acordo.
Diante do impasse, o TST decidiu que irá julgar na terça-feira o
dissídio da categoria. Nesta sexta, os trabalhadores não aceitaram a
proposta apresentada pela empresa, já que o desconto dos dias parados
foi mantido. Até terça, portanto, a paralisação continua. O dissídio
coletivo foi instaurado pelos Correios na semana passada, sob o
argumento de que a paralisação foi iniciada irregularmente e sem
aguardar o resultado das primeiras negociação.
Assembleias - Nesta quarta-feira, em assembleias em todo o país, os trabalhadores já haviam rejeitado a proposta anterior e
decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Por isso, o
presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, ordenou que ao menos
40% dos funcionários de cada unidade operacional deveriam continuar
trabalhando, caso contrário, a Fentect estaria sujeita a multa diária de
50.000 reais.
A federação alega que a adesão à greve já é inferior à quantidade
mínima determinada pelo tribunal. Já os Correios afirmam que, apesar de
haver unidades em que nenhum trabalhador cruzou os braços, há outras em
que mais de 40% dos empregados estão em greve.
O relator escolhido para julgar o dissídio no TST é o ministro Maurício
Godinho Delgado. A greve já dura 23 dias e tem provocado problemas no
envio de contas e documentos em todo o país. A categoria quer aumento
real de 400 reais, piso salarial de 1.635 reais e reposição de 7,16%
referente à inflação entre os anos de 1994 e 2002, o que totalizaria
24,76% de ajuste.
Fonte: Veja
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