Principais sindicatos rejeitam proposta dos Correios, diz Fentect
Greve deve continuar por tempo indeterminado.
Pelo menos 18 dos 35 sindicatos teriam de aprovar acordo; 15 já recusaram.
Embora a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios,
Telégrafos e Similares (Fentect) ainda esteja fechando um balanço
oficial, a informação, dada pelo
diretor da entidade, era que, Perto das 15h, os principais sindicatos
haviam rejeitado a proposta da direção dos Correios para colocar fim à
greve que começou no dia 14 de setembro.
Até o momento, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Santa Catarina, Paraná, Paraíba, Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Amazonas, Bahia, Ceará e Pará, já recusaram o acordo.
A CATEGORIA PARAENSE REJEITOU A PROPOSTA POR UNANIMIDADE
Ainda na tarde desta quarta-feira (5), Rio Grande do Sul e Goiás
realizam assembleias para decidir a respeito da continuidade da
paralisação. “Eles [RS e GO] têm orientação de rejeitar também. Se tiver um
sindicato pequeno que aceite a proposta será muito. Provavelmente, o
acordo será rejeitado por ampla maioria, talvez até por unanimidade,
porque a proposta é muito ruim”. Portanto, segundo o
diretor da entidade, a greve deve continuar por tempo indeterminado.
PropostaNa terça-feira (4), a Fentect aceitou o
acordo que foi levado para votação em assembleias nesta quarta. O
documento precisaria ter o apoio de pelo menos 18 dos 35 sindicatos
vinculados à Fentect para passar a valer e, caso fosse aprovado, os
funcionários retornariam ao trabalho já na quinta-feira.
O desconto dos dias parados segue sendo o principal entrave para um
acordo. Pela proposta da direção dos Correios, feita na véspera, os
funcionários teriam seis dias de trabalho descontados a partir de
janeiro, sendo meio dia por mês, num total de 12 parcelas. Quem
preferir, poderia autorizar desconto em período menor.
A proposta previa ainda pagamento de aumento real de R$ 80 retroativo a
1º de outubro, além de reajuste de 6,87% nos salários e benefícios a
partir de 1º agosto. Os funcionários também teriam que trabalhar durante
finais de semana e feriados para colocar em dia as entregas atrasadas.
Até a terça-feira, cerca de 136 milhões de correspondências estavam atrasadas no país, segundo os Correios.
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